Restituição do IR: onde colocar o dinheiro para render?

A Receita Federal liberou, a partir desta quarta-feira, 24 de janeiro de 2023, a consulta ao lote residual de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) do mês de janeiro de 2023.

O crédito bancário será realizado para 136.565 contribuintes no dia 31 de janeiro. A restituição somará valor total de R$ 368.017.854,27.

Desse total, R$ 199.291 milhões referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade legal, sendo 3.069 contribuintes idosos acima de 80 anos, 20.624 contribuintes entre 60 e 79 anos, 2.349 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 6.568 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Foram contemplados ainda 103.955 contribuintes não prioritários.

O que você precisa saber sobre a Restituição do Imposto de Renda - IRPF 2022

Em 23 de setembro do ano passado foi liberada a consulta do quinto lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF 2022). Ou seja, nessa data foi liberado o site para que os contribuintes possam consultar se vão receber ou não o pagamento.

Segundo a Receita Federal, esse lote contempla também restituições residuais de exercícios anteriores. Ao todo, será feito crédito bancário para 1.220.501 de contribuintes no dia 30 de setembro, no valor total de R$ 1,9 bilhão.

Do montante, cerca de R$ 221,1 milhões referem-se ao pagamento dos contribuintes que têm prioridade legal, sendo 5.201 mil contribuintes idosos acima de 80 anos, 36.492 mil entre 60 e 79 anos, 4.247 mil com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 15.378 mil cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Além disso, foram contemplados ainda 1.159.183 contribuintes não prioritários, isto é, a maioria das pessoas que receberão a restituição na conta nesta sexta-feira (30).

Como consultar a Restituição do Imposto de Renda?

Para saber se você tem direito à restituição do imposto de renda, acesse a página da Receita Federal na internet, clique em "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, em "Consultar a Restituição".

A página apresenta orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou uma consulta completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC que é o portal da Receita Federal.

Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode fazer a retificação pelo portal, corrigindo as informações que porventura estejam equivocadas.

Além do portal e-CAC, a Receita Federal disponibiliza, ainda, o aplicativo para tablets e smartphones que possibilita consultar informações sobre liberação das restituições do imposto de renda e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

• Compartilhe este post no Telegram
• Compartilhe este post no Whatsapp

Como acontece o pagamento da Restituição do Imposto de Renda?

O pagamento da restituição do imposto de renda é realizado na conta bancária informada na hora da Declaração de Imposto de Renda, de forma direta (transferência) ou por indicação de chave PIX.

Dessa maneira, a novidade nesse ano é a possibilidade de os contribuintes optarem por receber sua restituição por meio do Pix, de forma imediata.

Segundo a Receita Federal, para receber a restituição pelo Pix, deve-se ter uma chave Pix com o número do CPF (não pode outra, como e-mail ou telefone) na conta bancária cadastrada na declaração.

Se, por algum motivo, o crédito da restituição não for realizado (devido a fechamento da conta bancária, por exemplo), os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil.

Neste caso, para resgatar a restituição, você deverá reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB (Banco do Brasil), ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de um ano, somente poderá solicitá-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal. Veja o passo a passo:

1. Faça login no Portal e-CAC;
2. Acesse o menu Declarações e Demonstrativos;
3. Clique em Meu Imposto de Renda;
4. Selecione "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".

O que fazer com o dinheiro da Restituição do Imposto de Renda?

Com um dinheiro extra no fim do mês, muitos pensarão até chegar na melhor forma de gastar ou poupar o valor da Restituição do Imposto de Renda. Afinal, são mais de 1,2 milhão de pessoas que têm direito a parte do montante a ser pago pelo governo.

Nesse sentido, são muitas as alternativas e o ideal seria analisar a situação financeira para tomar a melhor decisão.

Em primeiro momento, é interessante considerar usar o dinheiro para pagar dívidas ou guardá-lo para prestações com vencimento próximo. Isso daria uma folga no orçamento do mês.

Além disso, apesar de haver discordância entre especialistas em finanças, todo dinheiro extra, em teoria, poderia ser acumulado e usado para amortizar parcelas de financiamentos ou antecipar faturas de cartão de crédito.

Outra grande estrela quando o assunto é "o que fazer com esse dinheiro?" é a reserva de emergência, um lugar onde o dinheiro é guardado e passa a render, para saque em eventualidades.

Em suma, são muitos os destinos que o valor da restituição do imposto de renda pode tomar. Ao decidir guardar esse dinheiro, você pode pesquisar e encontrar tipos de investimentos tão seguros quanto a poupança, mas com rendimentos ainda maiores.

Investimentos seguros e que rendem mais

Recentemente, o Banco Central revisou a taxa básica de juros do Brasil (selic) e resolveu mantê-la aos 13,75% ao ano. Isso não alterou a rentabilidade dos investimentos, mas segue deixando a renda fixa atrativa, visto que a taxa orienta os demais juros do país.

Com isso, os investimentos de renda fixa são um dos principais jeitos de colocar o dinheiro para render hoje em dia no Brasil, de forma tão segura quanto à poupança. No geral, os queridinhos do mercado financeiro são:

1. Investimentos atrelados à Taxa Selic;
2. Investimentos ligados ao CDI,

1.Selic (Tesouro Direto)

O Tesouro Nacional e a bolsa de valores brasileira disponibilizam no país um dos tipos de investimentos mais seguros e rentáveis: Tesouro Direto.

Lançado em 2002, o TD funciona com a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas a preços acessíveis.

Em palavras simples, ao comprar um título público federal, você estará emprestando esse dinheiro ao governo e receberá em troca os juros, mais o resgate integral da quantia aplicada.

Existem vários tipos de títulos, inclusive o Tesouro Selic, que acompanha a taxa de juros e aplica um pouco mais de juros. Esse título garante resgate diário e é recomendado para poupar dinheiro de forma segura e criar reserva de emergência.

Até esta matéria, o Tesouro Selic com vencimento em 2025 tem rendimento anual de 13,65% (a selic) + 0,0586% (cerca de 13,7%). Com isso, um valor de R$ 1.000 teria retorno ajustado de R$ 136,59, segundo o simulador do Tesouro, com resgate em um ano. Nas mesmas condições, na poupança o rendimento seria de R$ 77,17.

2.CDI

Os investimentos ligados ao CDI são atrativos hoje em dia, pois a taxa sempre fica perto da taxa selic. Atualmente, o CDI é de 13,65% ao ano, sendo, portanto, uma das melhores taxas da renda fixa.

Entretanto, se você for procurar por "investir em CDI" na corretora, não encontrará ativos chamados CDI.

Na verdade, existem os investimentos atrelados ao CDI - que aplicam porcentagem da taxa DI.

Por exemplo, é comum bancos digitais apresentarem rendimento de 100% do CDI. Neste caso, o retorno seria de 13,65% ao ano. Mas existem também ativos com fatias ainda maiores (ou menores), como 90% e 102% do CDI.

Como vimos, hoje o CDI é de 13,65% ao ano, ou 1,07% por mês. Sem considerar taxas, um valor de R$ 1.000 teria então um retorno de R$ 136,50 por ano e de R$ 10,70 por mês.

Existem muitos ativos no mercado financeiro com rendimento ligado ao CDI, conheça alguns:

• Bancos Digitais;
• CDBs;
• RDBs;
• LCIs e LCAs.