Quais as ações mais recomendadas por especialistas para o mês de junho?

Depois de muita instabilidade, o Ibovespa terminou o mês de maio positivo, com alta de 3,2% aos 111.351 pontos. E assim, conseguiu se recuperar da baixa de 10% no mês anterior. Essa foi a 4ª valorização mensal em 2022, o que indica um ganho de 6,2% no acumulado de 5 meses, de acordo com dados da Economatica.

Diante disso, é fundamental saber quais são as ações mais recomendadas por especialistas para o mês de junho. Em suma, a Vale (VALE3) foi indicada por 7 especialistas. Em seguida, está o Itaú Unibanco (ITUB4) e Multiplan (MULT3), com 5 indicações.

Ademais, o BTG Pactual (BPAC11), o Banco do Brasil (BBAS3), a Petrobras (PETR4), e a Suzano (SUZB3) também estão entre as mais indicadas. Abaixo, confira os detalhes das recomendações.

Quais as ações mais recomendadas para junho?

Para realizar o levantamento abaixo, foram utilizadas as seguintes fontes: Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Elite, Genial, Guide, Órama, Santander Corretora, XP Investimentos e Economatica.

Vale (VALE3)

A companhia de mineração é a favorita dos analistas, já que recebeu 7 de 10 recomendações. De acordo com a Ágora Investimentos, os analistas seguem "taticamente positivos" em relação aos papéis. Isso acontece, mesmo após reduzir o preço-alvo estimado para as ações da empresa, de R$ 135 para R$ 117.

Em suma, os preços de minério de ferro seguiram resilientes em 2022, refletindo a oferta menor, a redução dos estoques da matéria-prima e a sólida produção de aço chinesa. Assim, a Ágora acredita na recuperação da demanda por aço no 3º trimestre, e a estimativa de melhor lucratividade para as siderúrgicas devem dar sustentação aos preços do minério de ferro.

Multiplan (MULT3)

A Multiplan recebeu 5 de 10 recomendações. De acordo com a corretora do BB, os resultados da companhia no 1º trimestre apontam a capacidade de entregar crescimento e rentabilidade, mesmo com uma alta da inflação, que pressiona a renda da população.

No intervale mencionado, a Multiplan somou um lucro líquido de R$ 171,5 milhões, com uma elevação de 270,5% em relação ao mesmo período de 2021. Já a receita líquida aumentou 58%, para R$ 420 milhões. Para a BB, o ganho é reflexo do portfólio diferenciado que a empresa solidificou ao longo das décadas.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú recebeu 4 das 10 indicações de investimento. Em suma, a Ativa segue otimista com o papel, embora tenha ocorrido um aumento da inadimplência. Segundo a instituição, "Gostamos do case de Itaú, dono da segunda maior carteira de crédito do país, maior margem financeira e um dos maiores ROEs entre seus pares".

De acordo com a Ativa, apesar dos desafios que os bancos tradicionais atravessarão nos próximos anos, o Itaú tem bons ativos de crédito, bem como uma administração atenta às questões de modernização e alta da competitividade.

BTG Pactual (BPAC11)

As ações do BTG Pactual ganharam 4 das 10 recomendações. De acordo com a Ágora, houve um aumento de projeção de lucro líquido para o BTG Pactual em 2022 (25,9%) , em 2023 (11,3%) e em 2024 (11%), por conta do desempenho acima do estimado no 1º trimestre.

Assim, a corretora aumentou o preço-alvo estimado para as units do banco, de R$ 31 para R$ 33. Conforme o relatório da Ágora, "Mantemos nossa recomendação de compra, suportada pelo maior crescimento dos lucros, resiliência em relação à diversificação de negócios e um valuation atraente em termos relativos".

Petrobras (PETR4)

A Petrobras também recebeu 4 de 10 recomendações. Segundo a XP, há uma manutenção da percepção de que as ações da estatal estão baratas demais para serem ignoradas. Entretanto, alerta sobre os riscos políticos. É dito isso, por conta da recente demissão do CEO, e as críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos funcionários da estatal.

A XP aponta que mesmo em um "cenário mais estressado", há a estimativa de um preço justo de R$ 47,80 para as ações da Petrobras, mostrando que "muito de um potencial cenário negativo já está embutido nos preços atuais". Ademais, a XP projeta um potencial de valorização de 59% para os papéis da companhia.

Banco do Brasil (BBAS3)

Em suma, o BB recebeu 4 de 10 indicações. Inclusive, a Ágora aumentou a sua recomendação para o Banco do Brasil de neutra para compra, por conta da estimativa positiva apresentada no balanço do 1º trimestre de 2022. Para a Ágora, o BB deve sustentar um custo de risco baixo, devido a sua carteira de crédito mais defensiva.

Além disso, os especialistas da Ágora afirmam que o resultado com a intermediação financeira deve melhorar com as taxas de juros mais altas, levando a uma expansão mais rápida dos lucros em 2022 e 2023. Assim, os analistas aumentaram, em média, em 12%, as suas projeções para o lucro líquido do BB nos próximos dois anos.

Suzano (SUZB3)

Por fim, a Suzano também recebeu 4 de 10 recomendações. A Ativa mantém uma visão positiva sobre a companhia, apesar dos resultados do 1º trimestre terem ficado abaixo das estimativas da instituição. Segundo os especialistas, mesmo com vários obstáculos, a Suzano está conseguindo implementar os repasses de preços em todos os mercados onde atua.

Enquanto isso, a Santander Corretora destaca que os preços da celulose de fibra curta na China ultrapassaram os US$ 800 a tonelada no fim de maio, com potencial para superar os US$ 850 a tonelada nos próximos meses.

"Um possível impacto da política de ‘Covid zero’ da China continua sendo uma das principais preocupações dos investidores, mas vemos a demanda por celulose em níveis saudáveis em todas as regiões", explica a instituição. "Além disso, continuamos esperando que a demanda chinesa melhore entre maio e junho".