Mais um mês do ano de 2021 teve fim e ao longo dele, como já é esperado, muitas oscilações em preços de ações foram registras por diferentes motivos. Agora é chegada a hora de fazer um balanço. Quais será que foram as ações que registraram as maiores altas? E quais as que tiveram maiores quedas em seu preço?
Nessa matéria, o Poupar Dinheiro traz essas e outras informações pra vocês. Veja abaixo os ranking dos melhores desempenhos do último mês e também dos piores e qual foi a porcentagem de alta ou de baixa de cada um deles.
Balanço geral de junho
A retomada da economia vai se fazendo mais visível, aos poucos. E a maior prova disso é que entre as empresas que mais subiram ao longo do mês está justamente a Via (VVAR3) que é ligada ao varejo.
Claro, que isso não indica que a qualidade de vida esteja melhor, porém, para alguns especialistas, qualquer tipo de melhora econômica deve ser comemorada, principalmente tendo em vista que, no Brasil, uma parcela muito pequena da população já recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19.
Ainda assim, em junho, 54 das 81 ações do Índice Bovespa (Ibovespa) fecharam em queda, contra 29 papéis em alta e um estável. Para o gestor de Renda Variável da Inter Asset, Rafael Cota Maciel, a reforma tributária e a preocupação mundial com uma quarta onda da Covid-19, tiveram influência.
Esses acontecimentos fizeram com que o mês fosse muito volátil. "O índice abriu o mês por volta de 126 mil e está agora de novo nisso, mas chegou a atingir 131 mil pontos", lembrou Maciel. Vamos ver então quais foram as empresas que conseguiram bons resultados nesse cenário e quais as que tiveram as maiores quedas.
As que mais subiram
Entre as empresas que registram as maiores altas estão:
- Via (VVAR3) - 21,65%
- Braskem (BRKM5) - 18,93%
- CVC (CVCB3) - 15,84%
- Banco Inter (BIDI11) - 13,84%
- Petrobras (PETR3) - 13,66%
Na liderança do ranking de valorização no mês de junho está a Via (VVAR3) com 21,65%. A cotação do papel passou de R$ 12,98 no dia 31 de maio para R$ 15,79 em 30 de junho.
A explicação está no investimento feito pela companhia em seu e-commerce ao longo da pandemia. Além disso, recentemente ela divulgou que pretende ser uma hub de logística para outras empresas, incluindo suas concorrentes. Isso deve acontecer a partir do quarto trimestre quando ela vai começar a oferecer serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias para vendedores online.
Em segundo lugar está a Braskem com 18,93% de alta. O principal fator para esse acontecimento é que ela está à venda e o prazo para recebimento de propostas vai até o próximo dia 9 de julho. No dia 31 de maio, os papéis da Braskem eram negociados a R$ 50,07 e no dia 30 de junho estavam cotados a R$ 59,55.
A terceira colocada é a CVC - o que também é prova de uma retomada da economia. Ligada ao turismo e muito afetada pela pandemia ela começa a retomar suas atividades. Um dos anúncios feitos foi o da possibiliddade de ofertar mais ações ao mercado, com o intuito de completar um ciclo de capitalizações iniciado em 2020. A expectativa de aumento na vacinação também é super positiva para ela. No fim de maio, as ações eram negociadas a R$ 23,93 e no último dia 30 estavam em R$ 27,72.
Depois de estar listada entre as ações que tiveram as maiores quedas em maio de 2021, o Inter não só se recuperou como agora está listado entre as ações que mais subiram, passando de R$ 68,33 no fim de maio para R$ 77,79 nessa semana.
Um conjunto de fatores contribuiu para isso: a conclusão do acordo de acionistas do Banco Inter com a Stone foi uma delas. A companhia comprou 4,99% do banco no âmbito da oferta subsequente de ações (follow-on) realizada neste mês, levando 85.904.674 ações ordinárias e 42.726.032 ações preferenciais.
E então, com essa movimentação, o BTG elevou em 28% o preço-alvo da instituição para R$ 90 e reforçou a recomendação de compra. Na análise do BTG, o Banco Inter tem muito a crescer organicamente nos próximos três anos.
E a quinta colocada desse ranking foi a Petrobras. Tem relação com isso a elevação do preço do petróleo. Além disso, o Bank of America (BofA) tem uma visão positiva para as ações da estatal petrolífera com os ganhos de fluxo de caixa que devem se beneficiar com o ambiente positivo do preço do petróleo e por isso, ele elevou o preço-alvo dos ativos da Petrobras de R$ 30 para R$ 34,25.
Além disso, nessa semana ocorreu a conclusão do desinvestimento na BR Distribuidora (BRDT3). A Petrobras aprovou o preço de R$ 26 por ação para os papéis da BR e levantou R$ 11,3 bilhões no follow-on da distribuidora. No dia 31 de maio, os papéis estavam negociados a R$ 26,65, já no dia 30 de junho os ativos eram cotados a R$ 30,29.
As que mais caíram
De outro lado, as empresas que registram as maiores baixas são:
- Gol (GOLL4) - -14,36%
- Cielo (CIEL3) - -13,54%
- Raia Drogasil (RADL3) - -12,22%
- Cemig (CMIG4) - -10,68%
- Gerdau (GGBR4) - -10,05%
O principal resultado negativo foi da companhia aérea Gol (GOLL4), que teve uma queda de 14,36%. O momento não é bom para as empresas desse setor. Elas já vinham com oscilações antes da pandemia e durante o ano passado, algumas pararam quase que totalmente suas atividades de forma que agora a recuperação está difícil.
Em relação à Cielo (que estava entre as que mais subiram em maio), uma das explicações para a queda, é a renúncia recente do presidente do Conselho Administrativo da companhia.
Já a respeito da Gerdau, os especialistas apontam ela sofreu por ser uma empresa de commodities. Nesse momento há uma visão de que os preços das commodities podem ter atingido um topo. A Vale poderia estar nesse mesmo pacote, porém, ela anunciou dividendos recentemente o que deu uma segurada na venda de suas ações.
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