A rede varejista Quero-Quero deverá iniciar na Bolsa de Valores (B3) nesta segunda-feira (10). A sua oferta inicial de ações (IPO) já foi precificada a R$ 12,65 cada, no centro da faixa indicativa de R$ 11,30 a R$ 14 por ação. A movimentou R$ 1,95 bilhão com a venda de 154.300.318 ações na oferta secundária. Para o caixa da Quero-Quero, vão R$ 280 milhões captados na oferta primária de 22.123.894 papéis que foram vendidos. Mas o que devemos esperar das ações da Quero-Quero (LJQQ3) após o IPO?
Conheça a Lojas Quero-Quero
Antes de mais nada, é preciso conhecer a empresa. A Lojas Quero-Quero é a maior varejista especializada em materiais de construção do Brasil em número de lojas, com 346 estabelecimentos, e a segunda maior em área de vendas. Sua atuação está direcionada para pequenas e médias cidades, cujo mercado representa 49,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Além de produtos de materiais de construção, a empresa vende também eletrodomésticos e móveis, atuando no segmento dos serviços financeiros, com mais de três milhões de cartões de crédito emitidos com a própria bandeira VerdeCard.
A receita líquida da Lojas Quero-Quero em 2019 foi de R$ 1,344 bilhões, registrando um crescimento em relação a 2018, quando esse valor tinha sido de R$ 1,180 bilhões. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) em 2019 foi de R$ 162.460.000, quase o dobro do ano anterior, quando tinha sido de R$ 88.453.000. A Margem EBITDA ajustada foi de 9,3% no ano passado e de 8,3% em 2018.
Fundada em 1967 na cidade de Santo Cristo, no interior do estado do Rio Grande do Sul, como uma pequena empresa de comércio e representações, a empresa cresceu em mais de meio século de atividade. Atualmente, o CEO das Lojas Quero-Quero é Peter Furukawa.
IPO da Quero-Quero deve marcar a saída do fundo private equity Advent Internacional Corp do ativo
As ações da Quero-Quero na Bolsa de Valores serão listadas no segmento Novo Mercado e deverão ter o código LJQQ3. Em março, a empresa já havia solicitado o registro para a realização do IPO, mas a pandemia do novo coronavírus fez com que a solicitação fosse suspensa. O pedido acabou sendo retomado neste segundo semestre.
O fundo de private equity Advent Internacional Corp, que controla a Quero-Quero desde 2008, deverá vender integralmente 88% da sua fatia da empresa neste IPO. Se o lote suplementar da oferta for exercido nos primeiros dias de negociação da ação, o Advent se despedirá por completo da empresa, após 12 anos como investidor. A Quero-Quero tem 75% de suas lojas no Rio Grande do Sul.
Enquanto ocorre o IPO na B3, as ações da Quero-Quero também deverão ser colocadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), exclusivamente para investidores institucionais qualificados (qualified institutional buyers), residentes e domiciliados nos Estados Unidos, conforme definidos na Regra 144A, editada pela U.S. Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC).
O que esperar das ações da Quero-Quero (LJQQ3) após o IPO?
Agora nos resta saber se o IPO da Quero-Quero (LJQQ3) vai fazer com que as ações da empresa tenha uma alta inicial, como já ocorreram com outras empresas, como foi o caso da Locaweb, em fevereiro, que viu suas ações irem de R$ 17,25 a R$ 21,77 no primeiro dia de IPO.
Por outro lado, alguns investidores preferem aguardar para comprar os papéis da empresa, temendo um grande ''tombo'' de início. Desta forma, esses investidores preferem analisar melhor os números e se aprofundar um pouco mais pelo setor.
Então, está pensando em comprar ações da Quero-Quero?
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