Após lançamento de seu IPO (oferta pública inicial de ações) na segunda-feira de 10 agosto, a Lojas Quero-Quero, agora negociada na bolsa com o ticker LJQQ3 captou R$ 2,2 bilhões com a operação. No IPO, a LJQQ3 foi cotada a R$ 12,65 por ação, média estabelecida entre a faixa indicativa de R$ 11,30 e R$ 14.
Em sua estreia (no dia 10) a ação apresentou alta e terminou seu primeiro dia sendo cotada a R$ 12,79. No entanto, já no dia seguinte a Quero-Quero sofreu queda de -0,31%; seguida de baixa de -0,78% no dia 12, mostrando desvalorização acumulada de -1,09%, conforme mostra o site Fundamentus. Com a publicação dos resultados referentes ao segundo trimestre do ano (2T20) no dia 13, a companhia registrou alta de 0,25% e atingiu a cotação de R$ 12,90 no fim do pregão.
A Quero-Quero, que comercializa produtos do setor de materiais de construção, eletrodomésticos e de móveis, realizou um evento online na segunda-feira para oficializar sua entrada na B3. Participaram também da videoconferência o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, o CEO da companhia, Peter Furukawa, e outras pessoas envolvidas com o IPO e o conselho administrativo.
"Temos um grande potencial de ganhar mercado nos próximos 10 anos, crescendo a operação de nossas 370 lojas e aumentando nossa presença em mais cidades e mais regiões, sempre honrando nossos pilares corporativos de excelência operacional e entrega de resultados sem abrir mão dos nossos valores", disse o CEO no início do evento.
Resultados de Quero-Quero no 2T20
Divulgado no dia 12 de agosto, os resultados do 2T20 da varejista de material de construção atingiu lucro líquido de R$ 4,4 milhões, mais de 220% acima dos R$ 1,3 milhão registrados no segundo trimestre do ano passado. Já o Ebitda - lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização - subiu 29%, para R$ 39 milhões.
O resultado se deve ao resultado forte da receita líquida da empresa, que subiu 20,7% atingindo R$ 349,1 milhões no segundo semestre de 2020. A melhora dos dados teve influência da alteração na legislação do ICMS-ST do Rio Grande do Sul, que passou a vigorar em março.
"As operações das lojas e centros de distribuições foram interrompidas em março, e o mês de abril foi de retomada gradual das operações e reabertura de nossas lojas, por atuarmos no varejo de material de construção, considerado essencial pelas autoridades", explica a companhia em seu relatório.
Em meio aos novos desafios, a varejista viu suas despesas operacionais aumentarem 12,2% no 2T20 e 16,7% no semestre.
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