Após o término do período de subscrição das novas ações de IRB Brasil Resseguros S/A (IRB3), muitos estão se questionando o que seria o novo ticker IRBR9, código que saiu da subscrição feita nas ações. Muitos acreditavam que após o período de subscrição as novas ações seriam incorporadas de imediato às ações de IRBR3, o que não aconteceu.
A IRB informou ainda que do total de ações subscritas, 300.083.857 de ações ordinárias, houve sobras no aumento de capital da companhia. Com adesão de aproximadamente 100 mil acionistas da Companhia, 70% de acionistas institucionais e cerca de 30% de acionistas individuais, nos próximos dias a Companhia informará ao mercado, por meio dos canais oficiais, as regras e procedimentos para a participação no Primeiro Rateio de Sobras do Aumento de Capital - veja o comunicado.
Ações de IRBR3, IRBR1 e IRBR9
As ações de IRB (IRBR3) quando da subscrição tiveram o código de IRBR1, que era apenas o direito de subscrição em adquirir novas IRBR3. Ali, os acionistas recebiam o direito de novas ações de IRB, conforme o prospecto do follow-on que previa 35,93% do montante total da posição que o investidor já possuía.
Já o código IRBR9 nada mais é que o recibo da efetivação de compra de IRBR3 e este pode ser negociado da mesma forma que IRBR3 na B3. Os valores não são os mesmos, visto que a subscrição de IRB possuía valor menor que o negociado por IRBR3 e, portanto, tem uma negociação exclusiva dos direitos agora adquiridos.
As ações de IRBR3 estão sendo negociadas a R$ 7,51 por volta das 13h desta segunda-feira, 17 de agosto. Já as ações de IRBR9 tem preço de R$ 7,40.
Nos próximos meses, as ações de IRBR9 que os investidores possuem serão incorporadas ao ticker IRBR3. O prazo máximo para que isso aconteça é de 180 dias, ou seja, 6 meses. No entanto, esse prazo deverá ser menor.
Comunicado ao mercado desta segunda
Por meio de nota divulgada nesta segunda, o IRB Brasil Resseguros informou que apresentou representação criminal ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro sobre as irregularidades encontradas nas demonstrações contábeis da Companhia de anos anteriores, o principal motivo pela queda brusca do preço das ações da companhia.
Os desvios e as manipulações contábeis identificadas pelas investigações internas realizadas, que levaram ao refazimento das demonstrações financeiras do exercício de 2019, deverão ser investigadas agora pela Justiça e os possíveis culpados, indiciados. A Companhia apresentará cópia da referida representação criminal à Comissão de Valores Mobiliários - CVM e à Superintendência de Seguros Privados - SUSEP.
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