A Cogna Educação, listada na bolsa brasileira com o ticker COGN3, divulgou na noite desta quinta-feira, 20, os balanços dos resultados referentes ao segundo trimestre de 2020 (2T20) registrando um prejuízo líquido ajustado de R$ 139,987 milhões, -152,5% em relação ao segundo trimestre do ano passado (2T19). No primeiro semestre de 2020, o prejuízo acumulado foi de R$ 93,178 milhões frente ao lucro líquido de R$ 585,388 milhões conquistado há um ano.
Por sua vez, a receita líquida ficou em R$ 1,372.520 bilhão no 2T20 em queda menor, de -21,3% frente ao segundo trimestre do ano passado quando o montante captado foi de R$ 1,744.355 bilhão, em função das "pressões de receita no ensino superior, a maior evasão dos alunos do ensino infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, e a sazonalidade de receitas do PNLD", conforme explicou a companhia no release divulgado.
O Ebitda sofreu baixa de -122,3% no 2T20 em comparação com o 2T19, passando de R$ 624,787 milhões positivos para um resultado negativo de R$ 139,485 milhões. A margem do indicador está registrada em -10,2% com desvalorização anual de 46 pontos percentuais. Segundo o release publicado, esse desempenho ruim é fruto do prejuízo com a venda da conta escrow vinculada à aquisição da Somos; e maior provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) no ensino superior pagante e nos produtos de parcelamento (PEP/PMT).
A COGN3 movimentou bem o mercado durante o segundo trimestre deste ano, foram R$ 19,4 bilhões negociados ao todo no período, mostrando alta de 65,3% frente à valorização de 30,2% do índice Bovespa. O valor de mercado da Cogna é de R$ 12,4 bilhões. Neste 20 de agosto, a ação teve queda de 0,15% e terminou o pregão sendo cotada a R$ 6,57.
De outro lado, a Cogna registrou uma geração de caixa positiva no 2T20 de R$ 145,158 milhões, uma alta anual de 64,8%.
Segue abaixo a tabela publicada com as oscilações trimestrais e semestrais da Cogna no 2T20:
Resultados por unidades de negócio
A companhia, que é uma das maiores empresas privadas de educação em nível global, fechou o 2T20 com 176 unidades próprias de ensino superior e 1.536 polos de ensino digital.
Na comparação anual, a Kroton perdeu -17,3% dos alunos do ensino presencial em meio à pandemia, mas a queda foi um pouco compensada pelo crescimento de 12,2% de estudantes do ensino digital. A receita líquida da unidade ficou em R$ 1,051 bilhão no 2T20, uma queda de 21,2%.
Por sua vez, a base de alunos digital e presencial da Platos aumentou 5,4% e caiu -9,1% respectivamente. A receita líquida no 2T20 cresceu 8,5% e contou com valorização de 12,1%.
Na Saber, a receita líquida atingiu R$ 161.309 no 2T20, o que é uma queda anual de 11,9% causada principalmente pelo "cancelamento dos contratos de gestão e do estorno de receita referente à antecipação de pedidos de material didático em uma das escolas da rede - que, conforme anunciado no 1T20, gerou um impacto a maior naquele trimestre" e pela quarentena que impede as aulas presenciais, conforme explica a Cogna.
Já a Vasta teve receita líquida registrada em R$ 110,191 milhões no segundo trimestre de 2020, uma baixa de -23,8%. No entanto, essa unidade já acumula R$ 512,651 no primeiro semestre do ano, mostrando alta de 9,3% frente ao primeiro semestre de 2019.
- Veja os balanços do 2T20 da Cogna na íntegra.
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