IRB (IRBR3) tem resultado do 3T20 divulgado com prejuízo de R$ 229,8 milhões

IRB seguiu no 3T20 com estratégia de descontinuar contratos, o que gerou resultados negativos. A resseguradora disse que pode voltar a registrar números positivos já em 2021.

A resseguradora IRB Brasil divulgou na noite de terça-feira, 3 de novembro, os balanços referentes ao terceiro trimestre de 2020 (3T20), mostrando prejuízo líquido de R$ 229,8 milhões ante os R$ 685,1 milhões negativos registrados no segundo trimestre desse ano. Dados apontam certa melhoria na companhia que sofreu muito com fraudes e má administração da diretoria anterior, já destituída.

Pelo documento divulgado, a empresa explica que a melhora do 3T20 sobre o segundo trimestre reflete "a retomada do mercado segurador mesmo que a pandemia da Covid-19 não esteja superada".

Entretanto, considerando os nove primeiros meses do ano (9M20), a IRB registra um prejuízo de R$ 901,1 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 555,7 milhões conquistado nesse período de 2019. Isso aconteceu devido à "aceleração nos avisos de sinistros internacionais, explicados pelo momento de incertezas na economia e na Companhia", diz o release.

No terceiro trimestre de 2020, os prêmios somam R$ 2,97 bilhões contra R$ 2,29 bilhões registrados nesse período de 2019. Já no acumulado de 2020, os prêmios aumentaram de R$ 6,4 bilhões para R$ 7,5 bilhões. Veja os principais números abaixo:

Principais indicadores do 3T20 da IRB Brasil. Fonte: release.

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Resultados positivos em 2021 é expectativa

A resseguradora acredita que conseguirá reverter os fortes prejuízos em números positivos já em 2021, isso por meio de melhoria dos prêmios, principalmente em grandes riscos, como nos setores de petróleo, patrimonial e rural.

O interessante é que a empresa está descontinuando alguns contratos esse ano, o que tem gerado prejuízo. Caso tais contratos fossem excluídos das contas, a IRB registraria um lucro líquido de R$ 149,4 milhões no 3T20.

"Essa descontinuidade de negócios se dá como parte da nossa estratégia de RE-Underwriting, que consiste na adequação de contratos que façam sentido em nosso portfólio de risco, assegurando desempenho satisfatórios em todas as linhas. Internamente, chamamos essa iniciativa de CFG: Clean, Fix, Growth, ou seja, limpeza, arrumação e crescimento sustentável do nosso portfólio", explica a empresa.