A Smiles (SMLS3) teve uma queda no desempenho do primeiro trimestre do ano (1T21). Segundo o relatório divulgado em 27 de abril, o lucro líquido foi de R$ 47,707 milhões no 1T21 ante R$ 56,2 milhões registrados nesse período de 2020; um recuo de 15%, explicado pela pressão causada em meio à pandemia de covid-19 nas atividades de viagem e turismo, visto que a empresa é uma administradora de milhas.
Por sua vez, a receita líquida da Smiles atingiu R$ 151,117 milhões no 1T21, o que representa uma queda de 11,8% frente ao primeiro trimestre de 2020.
Segundo o relatório, o indicador ebitda totalizou R$ 67,173 milhões no 1T21, sendo um resultado 22% menor quando comparado com esse período do ano passado.
De outro lado, as despesas operacionais foram de quase R$ 67,5 milhões no 1T21, mostrando uma melhora anual de 2%. Por sua vez, o resultado financeiro da Smiles cresceu 74,5% para R$ 17,395 milhões no 1T21.
Outro resultado positivo foi a base de participantes do programa de milhas, que teve um aumento anual de quase 6% no 1T21, mesmo em meio à pandemia, totalizando 18,5 milhões de clientes.
Pandemia impacta diretamente os resultados da Smiles
A Smiles veio de 2020 prejudicada pelo isolamento social da pandemia de covid-19 que pressiona as atividades de viagem e turismo, com uma queda anual de 68,7% no lucro líquido. Agora no início de 2021 não foi diferente e a empresa, que opera o programa de milhas da Gol (GOLL4), continuou tendo perdas, já que, deixando a situação mais delicada, as principais fontes de renda são:
- Receita de milhas resgatadas, representado por passagens e prêmios em sua rede de parceiros aéreos, comerciais e financeiros;
- Receita de juros decorridos entre a data de acúmulo e resgate das milhas;
- Receita de breakage, caso estas milhas emitidas expirem sem serem resgatadas.
Segundo o relatório divulgado, o resgate de milhas no 1T21 caiu 21,7% em relação ao 1T20, e 30% na comparação com o último trimestre de 2020. Apesar de ser uma queda anual de 25,8%, foram acumuladas mais de 19,7 bilhões de milhas no 1T21, veja na tabela abaixo:
"Infelizmente, após uma trajetória ascendente, com indicadores que melhoraram mês após mês, a segunda onda veio como um novo baque para o setor e nos fez, mais uma vez, ajustar a operação a fim de garantir a melhor experiência possível para nossos clientes em meio a um cenário de redução drástica de voos e, que consequentemente, impacta diretamente em nossos indicadores", disse a Smiles.
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