Os três mais ricos do Brasil, os acionistas controladores da Americanas, sentiram o impacto da crise na empresa direto em seus patrimônios.
Segundo a Forbes, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles, perderam mais de R$ 3 bilhões em um único dia, após forte queda das ações da Americanas em 12 de janeiro.
Neste dia, a lista da Forbes marcou que a maior queda foi na carteira de Lemann, que teve uma perda de US$ 329 milhões, o equivalente a R$ 1,6 bilhão. Atualmente, o bilionário é o 109º mais rico do mundo.
Por sua vez, Sicupira perdeu aproximadamente US$ 200 milhões (ou R$ 1 bilhão), enquanto Telles viu seu patrimônio encolher US$ 173 milhões (R$ 882 milhões), segundo a Forbes.
Mas a perda não deve ter parado aqui, pois as ações da empresa caíram ainda mais com os trâmites da crise, que chegou no pedido de recuperação judicial da Americanas nesta quinta-feira, 19 de janeiro.
Desde a divulgação das "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões, as ações da Americanas registram queda de 94% na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A cotação saiu de R$ 12 para R$ 0,72 até esta sexta-feira, 20, às 14h56.
Como fica a fortuna de Lemann após a crise na Americanas?
Após os últimos fatos relevantes e considerando ainda o pedido de recuperação judicial da Americanas, o patrimônio de Lemann está estimado pela Forbes em US$ 15,6 bilhões, cerca de R$ 80,9 bilhões hoje.
Até a edição desta matéria, o bilionário havia perdido cerca de US$ 7 milhões nesta sexta-feira, 20 de janeiro, o que corresponde a R$ 51,9 milhões.
Jorge Paulo Lemann é uma referência no empreendedorismo brasileiro. O bilionário é dono da Ambev, maior cervejaria do mundo, além de ser o fundador e um dos principais sócios (junto com Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles) da 3G Capital, que controla a Lojas Americanas.
- Veja a lista da Forbes com os mais ricos do mundo
Americanas perdeu mais de R$ 8 bilhões em valor de mercado
A Americanas, uma das principais redes de varejo do Brasil, perdeu mais de R$ 8,4 bilhões em um único dia, em 12 de janeiro, após as ações despencarem na bolsa de valores B3, com a divulgação de uma notícia.
Antes de toda a crise, o valor de mercado da empresa era de R$ 10,4 bilhões. Hoje, o site Companies Market Cap anota que a Americanas sofreu uma perda de patrimônio de cerca de 30% nas últimas 24 horas, e acima de 94% em 2023, o patrimônio estava abaixo de US$ 1 bilhão, equivalente a cerca de R$ 729 milhões.
Com dívida de R$ 43 bilhões, Americanas entra com pedido de recuperação judicial
A Americanas (AMER3) anunciou nesta quinta-feira, 19 de janeiro, que ajuizou, em conjunto com suas subsidiárias ST Importações Ltda, JSM Global e B2W Digital, o pedido de recuperação judicial de todo o Grupo perante a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
A recuperação judicial foi resultado imediato dos últimos acontecimentos na varejista em apenas 8 dias. Em 11 de janeiro, a Americanas (AMER3) identificou o que chamou de "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões em seus balanços.
No documento divulgado ao mercado, a Americanas lista os eventos que a levaram a entrar com o pedido de recuperação judicial, desde a descoberta de um misterioso rombo de R$ 20 bilhões.
Contudo, o que mais chama a atenção é que a Americanas anunciou que seu caixa foi drasticamente reduzido para R$ 800 milhões e, além disso, que a dívida da empresa é de R$ 43 bilhões.
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