IPCA-15: prévia da inflação acelera para 0,53% em novembro, diz IBGE

Dados mostram que a inflação brasileira voltou a subir no Brasil, após a sequência de queda (deflação) entre os meses de julho a setembro por influência da redução dos preços dos combustíveis.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a prévia da inflação IPCA-15 de novembro acelerou para 0,53%, após a alta de 0,16% registrado em outubro.

Todavia, a pesquisa divulgada pelo IBGE em 24 de novembro informa que o IPCA-15 acumula alta de 5,35% em 2022 e, em 12 meses, de 6,17%. O resultado fica abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa foi de 1,17%.

O estudo aponta que os maiores impactos no índice vieram de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%). Em seguida aparece o grupo Transportes, que após a queda de 0,64% verificada em outubro, teve alta de 0,49% em novembro.

Portanto, os setores de alimentação/bebidas, saúde e cuidados pessoais, bem como o de transportes são os principais que registram aumento de preços no Brasil.

Gasolina volta a subir no Brasil

Chama a atenção o grupo dos transportes impactar no aumento dos preços em novembro, visto que antes ele foi o principal causador do cenário de deflação.

Segundo o IBGE, no setor de Transportes (que teve alta de 0,49%), os combustíveis (2,04%) voltaram a ter variação positiva após cinco meses consecutivos de quedas.

Se em outubro os preços da gasolina recuaram 5,92%; em novembro subiram 1,67%, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês, de 0,08 ponto percentual.

Além disso, os preços do etanol (6,16%) e do óleo diesel (0,12%) também subiram. De outro lado, o gás veicular (-0,98%) foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados.

Prévia da inflação teve alta de 0,16% em outubro

Após registrar queda (deflação) em dois meses consecutivos, a prévia da inflação (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) passou a subir 0,16% em outubro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, o grupo dos Transportes foi o resultado de maior impacto em outubro, com uma baixa de 0,64% por causa da abrupta queda nos preços dos combustíveis no país.

Etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%) tiveram seus preços reduzidos no período de referência do índice, segundo o IBGE.

Por sua vez, a gasolina contribuiu em outubro com o impacto negativo mais intenso entre os 367 subitens pesquisados. Houve queda também em ônibus urbano (-0,60%), com a redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-6,38%), a partir de 11 de setembro.

Junto ao grupo de Transportes, Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%) foram as únicas quedas em outubro na prévia da inflação.

Inflação (IPCA) no Brasil em 2022 - um breve histórico

Em 11 de outubro, o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de -0,29%, sendo então o terceiro mês consecutivo de deflação no Brasil.

O IBGE anunciou a segunda deflação do ano, de -0,36% em agosto após o recuo de 0,68% da inflação em julho de 2022. A pesquisa veio mostrando que o principal motivo para a condição foi a queda dos combustíveis no país, especialmente o preço da gasolina.

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Prévia da inflação IPCA-15 em alta; o que isso significa?

Ações do governo

A prévia da inflação divulgada pelo IBGE significa que o indicador só não subiu mais por causa do recuo no preço dos combustíveis, que no período investigado ficou em -6,14%. Segundo o IBGE, em agosto e setembro, a deflação do IPCA-15 também foi influenciada pela queda no preço dos combustíveis, principalmente da gasolina.

No mês avaliado, em Comunicação, ainda caíram os preços dos pacotes de acesso à internet e os planos de telefonia móvel, o que reflete a Lei Complementar 194 sancionada no final de junho, e que fixou um limite para alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

A energia elétrica foi o único item que subiu em outubro. As distribuidoras justificaram que o ajuste de 0,07% teve o objetivo de compensar a retirada do imposto e contabilizar na conta padrão os valores cobrados dos consumidores.

6 dos 9 grupos com alta nos preços em outubro - 8 de 9 em novembro

Em resumo, a prévia da inflação reflete que 6 dos 9 grupos pesquisados registraram aumento de preços em outubro.

O cenário de alta foi intensificado nas semanas seguintes. Agora em novembro todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumento de preços, com exceção do setor de Comunicação que apresentou estabilidade (nem alta nem baixa técnica).

Metodologia da prévia da inflação IPCA-15

A metodologia usada para calcular a prévia da inflação é a mesma do IPCA. Segundo o IBGE, a diferença está apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Por esse motivo, o IPCA-15 é considerado como uma prévia da pesquisa completa de preços.

A pesquisa IPCA-15 de novembro foi obtida por meio de preços coletados entre 14 de outubro a 14 de novembro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de setembro a 13 de outubro de 2022 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Quando sai a inflação de novembro?

Nesta semana, a divulgação da inflação brasileira registrada em novembro ganhará as manchetes e entrará nos destaques do noticiário sobre economia e mercado financeiro.

Segundo a agenda do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será divulgado na próxima sexta-feira (9).

Com informações IBGE e Agência Brasil