Mesmo em um cenário de incertezas políticas e econômicas as ações CMIG3, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) dispararam na bolsa nessa terça-feira, 17 de agosto. Elas abriram o dia custando R$13,56 cada uma e por volta das 13h30, cada uma delas estava custando R$ 14,15, num crescimento de 4,35%, um dos maiores do dia na B3.
Essa escalada se deu após a divulgação dos resultados da companhia na noite dessa segunda-feira, dia 16. Entre os principais destaques estão o aumento de 12,4% na energia distribuída pela Cemig no segundo trimestre de 2021 (2T21), na comparação com o mesmo período de 2020, além do maior volume de gás vendido (85,7% a mais) no mesmo período.
A companhia também apresentou uma receita líquida de antecipação pela prestação de serviço de R$ 148 milhões e uma sólida posição de caixa de R$ 6,99 bilhões.
Veja abaixo um quadro com os principais indicadores da companhia no 2T21:
Outros destaque financeiros
A Cemig apresentou, no segundo trimestre de 2021, um lucro líquido de R$ 1.946.639, contra um lucro de R$1.081.650 no mesmo período de 2020, uma alta de cerca de 80% e um dado bem acima do que era esperado para a companhia (entre R$ 276 e R$ 685 milhões), sengundo alguns especialistas.
Esse resultado foi impulsionado, segundo a companhia, por R$ 909,6 milhões de ganhos não recorrentes com prorrogações de outorgas (lei 14.052 / 2020) e R$ 618,7 milhões. com variação cambial.
Além disso, a companhia teve um Ebitda consolidado com aumento de 38,8% no 2T21 em comparação com o 2T20. Já o Ebitda ajustado teve uma elevação de 39,2%. A Margem Ebitda, por sua vez, passou de 17,2% no 2T20 par 18% no 2T21.
Outro ponto de destaque é que ao final do segundo trimestre, a dívida líquida da Cemig era de R$ 6,32 bilhões, queda de 31,4% na comparação anual.
Destaques operacionais
A receita com o fornecimento bruto de energia elétrica foi R$ 6.837.733 no 2T21, em comparação a R$ 5.920.014 no 2T20, representando um aumento de 15,5%. Já a receita com energia vendida a consumidores finais foi de R$ 6.202.062 no 2T21 comparado a R$5.227.560 no mesmo período de 2020, representando um aumento de 18,6%.
A receita com fornecimento de gás foi outro destaque, totalizando o montande de R$ 838.444 milhões no 2T21, em comparação com os R$ 403.227 no 2T20 foi um crescimento de 107,9%, variação explicada pela companhia em razã do aumento de 85,7% no volume total de gás vendido, totalizando 340.126 m3 no 2T21, comparado a 183.137 m3 no mesmo período de 2020.
A empresa também registrou um aumento de 3.433 de clientes no primeiro semestre de 2021, sendo que o fornecimento de gás para o segmento residencial, que teve início em março de 2013, atingiu 63.258 unidades faturadas, representando um aumento de 5,7% em relação a dezembro 2020.
A empresa divulgou ainda que o consumo residencial representou 23,8% da energia distribuída pela Cemig D e totalizou 2.766.585 MWh, com acréscimo de 4,1% no 2T21 frente ao mesmo período de 2020. Esse crescimento pode ser explicado pelo aumento de 2,7% no número de consumidores e por um consumo médio superior em aproximadamente 1,4%.
Além disso, a energia distribuída para os clientes industriais representou 47,6% do total da Cemig D, totalizando 5.543.753 MWh, com um aumento de 19,6% em relação ao 2T20. A energia faturada dos clientes cativos totalizou 425.533 MWh no 2T21, um aumento de 4,6% em relação ao 2T20.
A energia transportada para clientes livres industriais, por sua vez, totalizou 5.118.220 MWh no 2T21, um aumento de 21,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os principais ramos de atividade econômica dos clientes livres industriais apresentaram aumento expressivo no consumo de energia, disse a Cemig, em especial, os setores automotivo, têxtil, fabricação de bebidas, ferro-gusa e fundição.
Já o volume de energia distribuída para classe comercial cresceu de 8,8% frente ao mesmo período de 2020. O mercado cativo apresentou aumento de 0,7% e o livre cresceu 40,4%. A energia utilizada pelos clientes cativos somada a energia transportada para os clientes livres da classe, equivaleu a 11,6% da energia distribuída pela Cemig D no 2T21.
E o segmento rural apresentou aumento de 19,3% na energia distribuída no 2T21 em relação ao 2T20, em função no aumento do consumo para irrigação, reflexo de um menor volume de chuvas do que no ano anterior. A classe rural representou 9,2% da energia total distribuída.
É possível conferir os resultados da Cemig na íntegra, clicando aqui.
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