A atividade econômica do Brasil voltou a subir em novembro, depois de 4 quedas consecutivas. Em suma, é o ritmo mais forte desde fevereiro, o que demonstra alguma retomada no fim de 2021, confirme os dados do Banco Central (BC).
O Índice de Atividade Econômica - IBC-Br, teve uma alta de 0,69% em novembro na comparação com o mês de outubro. Esses dados foram divulgados nesta segunda-feira, 17 de janeiro, pelo Banco Central.
E assim, o resultado foi o primeiro no azul desde o mês de junho, e o mais forte desde a alta de 1,67% que ocorreu em fevereiro de 2021. O dado de novembro ficou acima da estimativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,65%. Além disso, o BC também revisou para cima o resultado de outubro para uma queda de 0,28%, de recuo de 0,4% informado anteriormente.
Resultado é positivo, mas ainda insuficiente
Embora o resultado tenha sido positivo em novembro, os dados do IBC-Br mostram um vaivém no desempenho econômico. Enquanto cinco meses apresentaram resultado positivo, seis tiveram quedas.
Na comparação com setembro de 2020, o IBC-Br teve uma alta de 0,43%. Enquanto isso, no acumulado em 12 meses, teve a um aumento de 4,30%, de acordo com números observados.
O avanço da vacinação contra o coronavírus ajudou a economia do Brasil, principalmente o setor de serviços. Entretanto, o cenário tem sofrido impacto da inflação muito alta, que levou o BC a intensificar a elevação dos juros, levando inclusive, a Selic aos atuais 9,25%, o que dificulta o crescimento.
Em suma, o IPCA fechou 2021 com uma alta acumulada de 10,06%. E dessa forma, estourou de forma elevada, o teto do objetivo oficial, que era de 3,75% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Tudo isso, durante a interrupções na cadeia de oferta global e falta de matéria-prima. Esses motivos, levaram a indústria nacional a se deparar com uma queda de produção em novembro pelo 6º mês seguido.
Porém, os últimos dados de varejo e serviço auxiliaram a melhorar a estimativa para o fim de 2021. As vendas de supermercado ajudaram o varejo no Brasil a ter uma alta inesperada em novembro de 0,6%. Enquanto que o volume de serviços aumentou 2.4%, muito mais que a expectativa.
Por fim, a pesquisa Focus feita pelo BC com uma centena de economistas, mostra que a estimativa é de que o PIB tenha crescido 4,50% em 2021, indo a 0,29% em 2022.
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