A Aura Minerals (AURA33), anunciou nessa quarta-feira, dia 13 de julho, que está realizando uma primeira emissão de Debêntures de sua controlada indireta, Aura Almas Mineração S.A. O valor total é de R$ 400 milhões.
De acordo com o comunicado divulgado, serão emitidas 400 mil Debêntures ao valor nominal unitário de R$ 1.000,00. A oferta desses Debêntures é restrita, ou seja, apenas quem já tem ações da Aura pode participar.
Valores e vencimento
Conforme comunicou a Aura, as Debêntures terão vencimento em até 5 anos a contar da data de emissão delas, ou seja, até 13 de julho de 2026. A liquidação da operação está prevista para até 20 de julho de 2021.
Aqueles que adquirirem as Debêntures, serão remunerados com juros correspondentes a 100% da variação acumulada da Taxa DI, acrescidos exponencialmente de uma sobretaxa de 4,35% ao ano.
Entre as garantias das Debêntures estão a alienação fiduciária de ações da Almas e penhor de concessões de lavra detidas pela Almas, bem como fianças da Aura Gold Ltda. e da Mineração Apoena S.A. A companhia também prestará garantia corporativa em favor dos titulares das Debêntures no âmbito da emissão.
A instituição intermediária líder da oferta restrita será o Banco BTG Pactual S.A.
Contrato Swap
Nessa quarta-feira, dia 14, a Almas - cotrolada da Aura - também firmou um contrato de swap com o Banco BTG Pactual para efetuar hedge integral das Debêntures, informou a Aura no mesmo comunicado.
"Nos termos do Swap, a Companhia assumirá uma posição ativa de R$ 400 milhões, recebendo juros remuneratórios correspondentes a 100% (cem por cento) da variação acumulada da Taxa DI, acrescidos exponencialmente de uma sobretaxa de 4,35% ao ano, e irá pagar a variação cambial de Reais Brasileiros vs. Dólares Americanos, acrescidos de uma taxa fixa linear de 5,84% ao ano", dizia o documento.
A operação de Swap possui cronograma de amortização de principal e juros idêntica ao cronograma de amortização de principal e juros das Debêntures.
Uso dos recursos
A Aura informou que os recursos obtidos pela Almas a partir dessa emissão serão utilizados para o desenvolvimento do Projeto Almas, localizado no Estado do Tocantins.
Além disso, parte dos valores também poderá ser utilizado para investimento em aquisição de ativos ou participações societárias em outras sociedades que tenham como atividade principal a mineração.
A Aura
A Aura Minerals é uma mineradora canadense com foco na exploração, desenvolvimento e operação de projetos de ouro, cobre e outros metais nas Américas. No Brasil, a companhia possui as subsidiárias Mineração Apoena, que opera a mina de ouro São Francisco em Nova Lacerda, no Mato Grosso (MT), e a Mineração Vale Verde, responsável pelo projeto de cobre e ouro Serrote da Laje em Craíbas, em Alagoas. A Aura tem também as minas de ouro Aranzazu no México, e San Andres em Honduras.
Ações da Aura
A partir da divulgação dessas informações a Aura abriu o dia em queda na B3. As ações que fecharam o dia ontem custando R$ 66,09 cada, já somam uma queda de 0,88%, custando, por volta das 11h20, R$ 65,51 cada.
Considerando os últimos 30 dias, a Aura vem passando por um momento de queda que soma cerca de 3,82%. Porém, olhando para os últimos 6 meses, ela tem uma alta de 6,84% em seu preço por ação.
Nos últimos 12 meses, a alta é ainda maior: cerca de 27%. Isso se deve, em grande parte, porque recentemente ela fez uma grande distribuição de dividendos, o que nunca havia acontecido. Além disso, ela anunciou que havia a perspectiva de aumento nos dividendos para os próximos anos. Porém, a entrada do projeto de reforma tributária no Congresso Nacional que prevê a taxação de dividendos em 20%, pode ter interferido nesse crescimento.
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