B3 comemora a negociação de mais dois ETFs internacionais; já são 42 opções

A Bolsa de Valores do Brasil, a B3, está comemorando nessa semana o início das negociações de mais dois Exchange Traded Funds e o alcance de um marco importante para o mundo dos investimentos: agora já são mais de 40 ETFs na B3.

ETFs, vale lembrar, são os chamados de Fundos de Índices. Eles são como fundos de investimentos, ou seja, uma aplicação que reúne recursos de vários investidores, porém, normalmente estão ligados a um índice amplo como o Ibovespa B3 e o S&P 500, e que espelham o desempenho dessa carteira teórica.

Os dois novos ETFs são o Trend ETF MSCI Asia ex-Japão, com código de negociação ASIA11 e o Trend ETF MSCI Mercados Emergentes, com o ticker EMEG11. Ambos os fundos são voltados para investidores em geral e têm a gestão realizada pela XP Asset, gestora da XP Investimentos.

Abaixo saiba um pouco mais sobre cada um deles.

ASIA11

O ASIA11 tem referência no índice MSCI AC Asia ex-Japan e busca acompanhar o desempenho de ações de empresas de países asiáticos, excluindo o Japão.

Ele começou a ser negociado na bolsa nessa segunda-feira, dia 28 de junho e é direcionado a investidores em geral. Seu valor na abertura do mercado ontem era de R$ 11,00 e nessa terça-feira, 29 de junho, sofreu uma queda, estando seu preço e R$ 9,94.

Esse é um investimento interessante para aqueles que estão procurando diversificar sua carteira e deixá-la mais exposta ao dólar. Também é uma carteira que tem exposição, naturalmente, às moedas asiáticas, incluindo de localidades como China, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong, India.

Sua taxa de administração é de 0,30% ao ano.

EMEG11

Já o EMEG11 segue como referência o índice MSCI Emerging Markets, que é formado por mais de 800 ações de empresas de mercados emergentes, muitas delas dos setores de tecnologia e serviços financeiros.

Entre os países com empresas representadas pelo índice estão a China, Coreia do Sul, Taiwan, Índia, África do Sul e outros, dessa forma esse também é um ETF dolarizado e bastante diversificado.

Sua cotas estão disponíveis à negociação desde o dia 15 de junho de 2021 para investidores em geral e sua taxa de administração também é de 0,30% ao ano. Sua cotação inicial foi de cerca de R$ 10,00 e no início da tarde dessa terça-feira, cada cota do ativo estava custando R$ 9,74.

ETFs são boas alternativas

Para o diretor de Relacionamento com a Pessoa Física da B3, Felipe Paiva, a chegada desses dois ETFs é muito positiva pois eles são boas alternativas. "Essas novidades são boas opções para quem tem interesse em diversificar a carteira com investimentos estrangeiros. Os ETFs proporcionam exposição às ações de grande quantidade de empresas internacionais, sem precisar abrir conta em uma corretora no exterior", afirmou.

O ETF garante praticidade e diversificação para os investidores iniciantes, já que é possível investir em diversos ativos com uma só transação. Outra vantagem é que a modalidade também permite que os investidores brasileiros tenham acesso às ações de grandes empresas globais e se beneficiem da rentabilidade de índices internacionais, sem precisar abrir conta em uma corretora em outro país.

Para adquirir uma cota de um ETF internacional na B3, o investidor precisa ter uma conta ativa em uma corretora brasileira e realizar a ordem de compra pelo home broker ou aplicativo da corretora, que irá executar a operação.

ETFs já movimentaram R$ 153 bilhões em 2021

Com mais esses lançamentos, a B3 já soma 42 ETFs listados, sendo 15 referenciados a índices internacionais. E eles estão se tornando cada vez mais populares no Brasil.

Apenas em 2021, 11 novos ETFs foram listados, sendo 33 ETFs de renda variável (20 locais e 13 internacionais) e 7 de renda fixa disponíveis para negociação na bolsa.

De janeiro a maio de 2021, os ETFs movimentaram R$ 153 bilhões e o patrimônio dos produtos somou R$ 47 bilhões, um crescimento de 23% em relação a 2020, quando o patrimônio dos produtos era de R$ 38 bilhões.

Aém disso, a cada mês o número de investidores na modalidade também aumenta: em janeiro eram 269 mil investidores em ETFs e, ao final de maio, esse número cresceu 149%, atingindo a marca de 402 mil investidores, sendo 398 mil pessoas físicas e 2 mil investidores institucionais. Hoje, são 3,1 milhões de investidores pessoa física com volume em custódia em renda variável na B3.

No mês de maio, os 3 três ETFs mais negociados na bolsa brasileira foram o BOVA11, o BOVV11 e o HASH11, respectivamente. Em maio, o BOVA11, que segue o índice Ibovespa B3, foi responsável por 51% das negociações de ETFs no mês, seguido pelo BOVV11, também referenciado ao índice Ibovespa B3, com 19% das negociações e o ETF HASH11, referenciado no índice da Nasdaq Crypto, lançado no final de abril, com 8% das negociações de ETFs.

ETFs lançados na B3 em 2021

Veja abaixo a lista dos ETFs lançados na B3 em 2021: