O Banco do Brasil (BBSA3) registrou um lucro líquido de R$ 5,524 bilhões no segundo trimestre de 2021 (2T21), sendo um crescimento de 72% em relação ao mesmo período de 2020, e de 30,7% quando comparado com o primeiro trimestre de 2021. Os dados foram divulgados pelo BB na quarta-feira, 4 de agosto.

Segundo o relatório divulgado, o lucro líquido do Banco do Brasil totaliza R$ 9,750 bilhões no primeiro semestre de 2021 (1S21), o que representa uma alta de 52% frente aos primeiros seis meses de 2020.

Já o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil chega a R$ 9,9 bilhões no 1S21, com aumento de 48,4% em relação ao primeiro semestre de 2020. "Esse acréscimo deve-se principalmente pela redução da PCLD ampliada [Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa] em 52,1% e aumento da MFB [Margem Financeira Bruta] em 2,1%", explica o banco pelo relatório divulgado.

Destaques financeiros e operacionais do Banco do Brasil no 2T21 e 1S21

Margem Financeira Bruta (MFB)

O Banco do Brasil registrou uma MFB de R$ 14,384 bilhões no segundo trimestre do ano (2T21), configurando uma alta de 0,6% em relação ao mesmo período de 2020.

No primeiro semestre de 2021, a margem financeira bruta do Banco do Brasil é de R$ 28,948 bilhões com crescimento de 2,1% frente ao período de janeiro a março de 2020.

Receitas

Segundo o relatório divulgado, a receita operacional total alcançou R$ 23,542 bilhões no 2T21 e 47,223 bilhões no primeiro semestre do ano, sendo crescimento de 2% nas comparações trimestrais e anuais.

Já as receitas de prestação de serviços do BB alcançaram R$ 7,206 bilhões no 2T21, com alta de 3,5% frente ao mesmo período de 2020.

No acumulado dos seis primeiros meses de 2021, a receita de prestação de serviços é de R$ 14,084 bilhões com alta de 0,4% prevista pelo banco, com influência do "desempenho comercial nos segmentos de seguridade (+13,1%) e consórcios (+29,6%), enquanto as receitas com conta corrente apresentaram redução de 17,4%", disse o Banco do Brasil.

Fonte: Banco do Brasil/RI.
Fonte: Banco do Brasil/RI.

Carteira de Crédito

Por sua vez, a Carteira de Crédito do Banco do Brasil fechou o segundo trimestre em R$ 766,5 bilhões, sendo uma alta de 1,1% frente ao trimestre anterior. Segundo o banco, os destaques vão para as linhas de varejo e agronegócio.

A carteira de crédito também mostra crescimento nos últimos doze meses, de 6,1%, com influência de aumento de empréstimos aos segmentos pessoa física (que saltou 10,3%), de agronegócio (+9,7%), bem como na linha de crédito a Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) que obteve o maior crescimento no último ano, de 24,8%.

Serviços Financeiros

O Banco do Brasil fechou o 2T21 com uma base de cartão de crédito de 10,7 milhões e cartão de débito de 15,5 bilhões, sendo alta anual de 14% e 11% respectivamente. Segundo o banco o resultado positivo é fruto de "ações de comercialização e incentivo ao uso, como parcerias e maior oferta a não correntistas, da maior demanda pelos canais de pagamentos digitais e das ações promovidas pelo Bacen orientadas à inclusão e competitividade no setor financeiro".

No 2T21, o volume total do faturamento de cartões do Banco do Brasil foi de R$ 86,1 bilhões com destaque para R$ 46,1 bi na função crédito, representando alta de de 40,6% na comparação com o segundo trimestre de 2020

Despesas

Segundo o Banco do Brasil, as despesas da instituição foram de R$ 7,857 bilhões no segundo trimestre de 2021, representando uma alta anual de R$ 7 milhões. Assim, o índice de eficiência atingiu 36,7% no período.

Fonte: RI/BB.
Fonte: RI/BB.

O destaque vai para as despesas de pessoal do Banco do Brasil, que atingiram R$ 4,9 bilhões no 2T21, mas configurando queda trimestral de 0,6%, "influenciadas pelo desligamento de funcionários, no escopo do Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) e pelas economias geradas pelo novo Programa de Cargos e Salários e do Programa Performa, dentre outras medidas de eficiência", explica o banco.

No primeiro semestre de 2021, as despesas administrativas totalizaram R$ 15,620 bilhões, sendo uma queda de 0,2%, ficando dentro das projeções do banco, segundo o relatório de resultados divulgado em 4 de agosto.