Banco do Brasil (BBAS3) atualiza valor por ação dos R$ 2,3 bi em Dividendos e JCPs

O Banco do Brasil (BBAS3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 5,930 bilhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), sendo uma alta de 60,5% em relação ao mesmo período de 2020. O banco divulgou o relatório dos resultados da atual temporada na noite de segunda-feira (14) e também anunciou mais de R$ 2,3 bilhões entre dividendos e Juros sobre Capital Prórpio (JCP) aos acionistas - veja os detalhes mais abaixo.

Segundo o relatório de resultados, o Banco do Brasil teve um lucro líquido ajustado de R$ 21,021 bilhões em 2021, o que representa crescimento de 51,4% quando comparado com o exercício de 2020.

O aumento do desempenho entre os últimos dois anos foi causado "principalmente pela estabilidade das despesas administrativas, a redução da PCLD ampliada em 40,2% e aumento da margem financeira bruta e das receitas de prestação de serviços em 4,9% e 2,2% respectivamente", conforme explica o BB.

As Receitas Operacionais Totais do Banco do Brasil foram de R$ 26,320 bilhões no 4T21, o que, apesar de ser um recuo trimestral de 0,3%, reflete alta de 11% frente aos meses de outubro e dezembro de 2020.

Margem Financeira Bruta (MFB) balança e sai de 2021 com alta de 4,9%

Das receitas totais, a margem financeira bruta chegou a R$ 14,801 bilhões no 4T21, sendo um aumento anual de 4,5%. Mas, quando comparado com o terceiro trimestre de 2021 há uma queda de 3,5%.

Considerando todos os meses de 2021, a margem financeira bruta do Banco do Brasil foi de R$ 59,305 bilhões, em um crescimento de 4,9% em relação a 2020.

Segundo o relatório, as perdas no 4T21 foram causadas por aumento de 34,5% das despesas financeiras no período e por uma queda de 12,6% das receitas de tesouraria.

"Na visão acumulada, a variação positiva é explicada pelo aumento de 13,6% das receitas financeiras (+10,5% em receitas de operações de crédito e +31,5% em receitas de tesouraria), e pela redução de 5,5% das despesas de captação institucional. Cabe ressaltar também o aumento de 62,0% das despesas financeiras de captação comercial, com impacto negativo sobre a MFB, movimento explicado principalmente pela elevação da Taxa Média Selic (TMS)", explica o BB.

BB registra quedas na PCLD Ampliada

A Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) Ampliada, composta pela despesa de PCLD líquida da recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade, do Banco do Brasil foi de R$ 3,8 bilhões no 4T21, sendo uma queda de 26,5% em relação ao mesmo período de 2020.

Beneficiando o resultado consolidado, em 2021 a PCLD Ampliada do banco chegou a R$ 13,108 bilhões, redução de 40,2% na comparação com 2020.

Carteira de crédito salta 17,8%

A Carteira de Crédito do Banco do Brasil chegou a R$ 874,9 bilhões em 2021, sendo um aumento de 17,8% em relação a 2020. Nesse intervalo, todos as linhas de crédito apresentaram crescimento, veja abaixo as variações comparadas com o terceiro trimestre de 2021:

• Carteira Pessoa Física: +4,5%;
• Pessoa Jurídica: 7,7%;
• Agronegócio: 9,9%.

Outros destaques dos resultados do BB em 2021

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 7,822 bilhões no 4T21, representando aumento de 5,2% na comparação com o trimestre anterior. Nesse intervalo, os destaques foram os resultados de cartão de crédito/débito (+11,0%), consórcios (+9,3%), operações de crédito e garantias (+20,6%) e rendas do mercado de capitais (+81,9%).

Segundo o relatório, o Banco do Brasil teve no 4T21 despesas administrativas de R$ 8,517 bilhões, uma alta de 7,6% em relação ao trimestre anterior, com destaque para os gastos com serviços de terceiros e serviços de vigilância, segurança e transporte, e para a elevação das despesas de pessoal, devido a reajuste salarial no período. Em relação ao 4º trimestre de 2020, veio uma alta de 1,4%, ficando dentro das projeções da instituição.

Com isso, o índice de eficiência acumulado em 12 meses alcançou 35,6% no fim de 2021, "refletindo a combinação de controle de custos com incremento das receitas no período", disse o banco. No 4º trimestre de 2020, o índice de eficiência era de 36,6%.

BB (BBSA3) pagará mais de R$ 2 bilhões entre Dividendos e JCP

Após a apuração dos resultados de 2021, o Banco do Brasil anunciou nessa semana que foi aprovado um pagamento de R$ 1,015 bilhão em forma de dividendos relativos ao 4º trimestre do ano (4T21), representando um valor por ação de cerca de R$ 0,36.

Além disso, o Banco do Brasil também aprovou uma remuneração complementar de R$ 1,296 bilhão, mas em forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), sendo um valor bruto por ação de cerca de R$ 0,46.

Terá direito aos recursos quem comprar as ações do Banco do Brasil, isto é, quem se apresentou como acionista da instituição financeira, até o dia 2 de março de 2022 que é a data-com estabelecida.

Segundo o cronograma divulgado, o pagamento dos dividendos e dos JCP ao acionista vai acontecer no dia 11 de março de 2022, sendo que até lá será feita atualização com base na Taxa Selic.

Resumo dos próximos Dividendos e JCP do Banco do Brasil (BBSA3)

Banco do Brasil divulga Projeções para 2022

- Veja os resultados do Banco do Brasil em 2021 na íntegra.