O Banco Pine (PINE4) registrou um lucro líquido gerencial de R$ 5,9 milhões em 2021, assim revertendo o prejuízo de R$ 35,7 milhões obtido em 2020, conforme mostra o relatório de resultados divulgado nessa temporada.
Diferente dos bancões em operação no país, o Banco Pine é uma instituição financeira brasileira cujas atividades estão focadas no relacionamento de longo prazo com empresas.
Após as perdas de 2020, o Banco Pine registrou em 2021 lucro em todos os trimestres. No quarto trimestre de 2021 (4T21), o Banco Pine teve um lucro líquido gerencial de R$ 1,3 milhão, ante o prejuízo de R$ 27,2 milhões registrado no mesmo período de 2020.
"Com uma estratégia centrada no cliente, nosso propósito é "financiar rápido e servir bem milhares de empresas, em benefício das pessoas". Por mais desafiador que o ano de 2021 tenha sido, nossa característica de investir em relacionamentos de longo prazo e nossa visão para as oportunidades, resultou numa evolução consistente da rentabilidade, com avanços eficientes no modelo de gestão e na geração de negócios, sempre com foco em aperfeiçoar os processos e a reduzir a burocracia, proporcionando a melhor experiência aos clientes.
Continuamos aprimorando a experiência e a jornada das empresas atendidas, e intensificamos a implementação do nosso posicionamento estratégico, caracterizado pela pulverização comercial, com aumento da exposição em clientes com faturamento de até R$ 500 milhões. Nesse sentido, buscando sempre assegurar a continuidade dos negócios e atender as necessidades dos clientes, criamos uma nova linha de negócios chamada "Cadeia de Valor", que promove e perpetua os negócios das empresas por meio da oferta de crédito e serviços aos clientes dos nossos clientes", explica a administração do Banco Pine.
Destaques dos resultados financeiros e operacionais do Banco Pine em 2021
Segundo o relatório, a Margem financeira Bruta (MFB) do Banco Pine cresceu de R$ 131,8 mi em 2020 para R$ 158,6 milhões em 2021. No 4T21, o resultado também foi de alta e a MFB totalizou R$ 51,1 milhões.
Na comparação anual, "o crescimento de 20,3% é decorrente de maiores receitas oriundas das operações com clientes (+26,0%), em ambos segmentos [grandes empresas e empresas], reflexo do crescimento de 37% na originação de crédito no último ano, e dos maiores spreads praticados. Vale destacar que despesa com a carteira monitorada reduziu em relação a 2020 [para R$ 4,3 milhões], e a melhor performance da Tesouraria [alta de 6,7%] é decorrente do aumento das receitas da mesa proprietária e da mesa de clientes", consta no relatório.
Por sua vez, a margem financeira com clientes cresceu 44,8% em 2021, para R$ 158,6 milhões, devido ao maior volume médio de crédito originado.
De outro lado, as receitas de serviços e tarifas do banco caíram 5,8% nos últimos dois anos, totalizando R$ 39,9 milhões em 2021.
Nesse mesmo intervalo, as despesas de pessoal e administrativas cresceram 3,2% e fecharam 2021 a R$ 197,4 milhões. Os destaques foram custos com marketing (+30,5%) e com Serviços Técnicos Especializados (+34%).
Já a carteira de crédito classificada (Bacen), que é o foco do modelo de negócios do Banco Pine, totalizou R$ 4,277 bilhões em dezembro de 2021, sendo um crescimento de 8,8% nos últimos 12 meses.
"Ambos segmentos [grandes empresas e empresas] que atendemos cresceram, sendo a variação explicada pela originação de novos créditos 37% maior em 2021, principalmente em produtos atrelados a recebíveis, refletindo a retomada da atividade econômica e consequente crescimento da busca por capitalização pelas empresas no cenário pós-COVID-19", explicou o banco sobre o crescimento da carteira de crédito.
Apesar do segmento Grandes Empresas ter sido responsável por R$ 2,5 bilhões do crédito, com avanço anual de 1,2%, o destaque do ano foi da linha Empresas (atrelado, principalmente, à estratégia de aumentar a participação de clientes com faturamento de até R$ 500 milhões), que cresceu 22,1% em 2021.
Projeções do Banco Pine para 2022 - Guidance
Guidance | Resultado de 2021 | Estimativas 2022 |
Carteira de crédito classificada (Res. 2.682) (média anual) |
22,7 | 6% a 10% |
Receitas recorrentes de crédito | 26,8% | 10% a 14% |
Receitas de prestação de serviços (excluindo comissão de fianças) |
-0,8% | 8% a 12% |
Despesas operacionais (Administrativas + Pessoal, excluindo PLR) |
1,9% | 5% a 9% |
Fonte: RI/Banco Pine. |
- Veja na íntegra os resultados do Banco Pine.
Banco Pine (PINE4) anuncia aumento de capital privado
Em reunião do Conselho de Administração, realizada no dia 14 de fevereiro de 2022, foi aprovado um aumento do capital social do Banco Pine, no valor mínimo de R$ 42,871 milhões; e de R$ 70 milhões, no máximo.
Segundo o documento anunciado no dia 16 desse mês, a operação será realizada por meio de emissão de 26,7 até 43,750 milhões de ações, sendo que foi fixado um preço por ação de emissão de R$ 1,60.
"A administração do Banco entende que o Aumento de Capital fortalecerá a estrutura de capital, e consequentemente a capacidade do Banco crescer seu portfólio de crédito, aumentar sua base de clientes e seguir investindo em pessoas, processos e tecnologias, que lhe permitam perpetuar seu propósito, incrementar seus níveis de rentabilidade, e intensificar novos negócios", disse o Banco Pine.
Devido ao aumento de capital, os acionistas do Banco Pine terão direito a exercer o seu direito de preferência na subscrição das novas ações emitidas no percentual de 29,52933334% sobre a posição acionária que possuírem no capital do Banco no fechamento do pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) do dia 22 de fevereiro de 2022, que é a Data de Corte.
Banco Pine inicia estuda lançar units na B3
Também em 16 de fevereiro, o Banco Pine anunciou ainda que foi discutida em reunião pauta sobre as providências a serem adotadas para promover estudos para eventual e futura adoção de um programa de emissão de certificados de depósitos de ações do Banco, visando a um lançamento de Units da companhia na B3.
"O Programa de Units visa assegurar maior liquidez a longo prazo para os acionistas, podendo ser autorizada a conversão voluntária, pelos acionistas do Banco, de suas ações ordinárias em ações preferenciais e/ou preferenciais em ordinárias, exclusivamente na quantidade estritamente necessária para viabilizar a formação das Units, sempre observando os limites legais da proporção entre o número de ações ordinárias e preferenciais de emissão do Banco e a proporção da participação de cada acionista no capital social total do Banco", explica o Banco Pine.
Segundo o documento divulgado, para que as units sejam formadas e lançadas no mercado, é necessário que a operação ocorra em conformidade com a legislação em vigor - e, em razão da possibilidade da conversão de ações, é preciso que haja aprovação do órgão societário competente do Banco Pine e do Banco Central (Bacen).
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