Os pagamentos feitos na plataforma Transfeera relacionados aos 5 maiores bancos do Brasil cairam de 100% para 53,7% em 4 anos (abril de 2017 a agosto de 2021). O levantamento da fintech levou em conta o Banco do Brasil, o Bradesco, a Caixa, o Itaú e o Santander. O que chama atenção, é que as fintechs e os bancos digitais passaram a ganhar espaço no mesmo período.

A startup levou em conta mais de 6 milhões de transações no período, incluindo de pessoas físicas e jurídicas. A queda de participação dos 5 grandes brancos se deve ao surgimento e crescimento das plataformas de pagamento e fintechs como o Nubank, Neon, Pagseguro, Banco Inter e afins.

Fintechs e bancos digitais ganham espaço nas transferências

Ao levar em conta as transferências para as pessoas físicas, a fatia perdida pelos grandes bancos foi um pouco menor. Enquanto em 2017, eles estavam envolvidos em 100% das transações, em 2021, elas baixaram para 56%.

Ademais, a Caixa foi a que perdeu mais pagamentos, indo de 40% do total 2017, para 14% em 2021. Em segundo lugar, está o Santander, que caiu de 30% para 11% no período. Por outro lado, o Nubank cresceu. Enquanto ele tinha 10,5% em 2020, agora cuida de 19,5% das transações.

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Pagamentos

Ao levar em conta apenas os pagamentos para as pessoas jurídicas, as grandes instituições perderam 32% (de 80% a 48,2%) do volume de transações em 4 anos. O Itaú perdeu muito: ele já foi o banco de 60% das movimentações e agora, está com 10%. Já a Caixa caiu de 27% para 4% no período.

De acordo com Fernando Nunes, cofundador e diretor comercial da Transfeera:

"O movimento do dinheiro para os canais digitais já não se enquadra como um diferencial, mas, sim, como uma obrigação. As fintechs se destacam justamente por possuírem soluções majoritariamente digitais, o que torna os negócios escaláveis, permitindo que ofereçam funcionalidades cada dia mais abrangentes aos clientes".

Por fim, segundo a consultoria Atlantico, 40% do capital de risco investido na América Latina vão para as fintechs. E o Brasil lidera a tendência no continente, como é o caso de alguns unicórnios do setor, como o Nubank, o C6 Bank e o Banco Neon.