Na última segunda-feira, 4 de outubro, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que a entidade está fazendo um esforço para combater as contas laranjas. Ou seja, as contas abertas por criminosos em nome de outras pessoas.
A medida tem como objetivo elevar a segurança do sistema de pagamento instantâneo, o Pix. Durante uma palestra na Associação Comercial de São Paulo, Campos Neto disse que "a gente está forçando, incentivando, a identificação desse tipo de contas e o cancelamento mais rapidamente".
BC aumenta combate a contas laranjas
De acordo com Campos Neto, no caso de fraude ou até sequestro, os criminosos precisam de uma conta bancária sem os próprios dados pessoais, para poder movimentar recursos. E por conta disso, é fundamental identificar e fechar essas contas.
Campos Neto explica que "a gente precisa atacar esse movimento de conta laranja. Precisa que os bancos se sintam muito responsáveis quando alguma conta laranja no sistema deles é usada para algum ato ilícito".
Sem a chance de ganhar o dinheiro, Campos Neto diz que os criminosos devem desistir de praticar esse tipo de prática ilegal pelo Pix. "No final das contas, se eu não tenho como pegar o dinheiro em espécie em nenhum momento eu tenho uma diminuição da criminalidade relacionado a isso".
Restrição noturna do Pix
Pensando nisso tudo, entrou em vigor na última segunda-feira também, as novas regras de limite do Pix noturno. Agora as instituições devem limitar o valor das transações financeiras a, no máximo, R$ 1 mil para o período das 20h às 6h.
Porém, o limite pode ser aumentado a pedido do cliente, bem como formalizado nos canais de atendimento eletrônicos. Entretanto, a instituição deve estabelecer uma prazo de no mínimo 24 horas, e no máximo 48 horas, para efetivar a operação.
Segurança do Pix
Apesar do surgimento de novas modalidade de fraudes, Campos Neto nega que o Pix seja um método inseguro.
"A criminalidade é um tema de segurança pública. A gente nunca vai reduzir a criminalidade a zero. Qualquer instrumento de pagamento que você tiver, quando a criminalidade for alta, vai ser em parte responsabilizado pela criminalidade, quando ele só é o veículo", destacou.
Por fim, para o presidente do BC, a flexibilidade do sistema facilita o combate s às fraudes e outros crimes. "A gente entende que o PIX é mais maleável porque a gente consegue mudar e adaptar coisas mais rapidamente", finalizou.
Com informações, Agência Brasil.
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