Mais de 13,9 milhões de pessoas recebem o Bolsa Família e muitas delas têm dificuldades para ir até os caixas eletrônicos e/ou às lotéricas para receber o dinheiro, gerando transtornos à população mais vulnerável.
Pensando nisso, o governo tomou a decisão de prolongar o prazo do saque para até o fim do estado de calamidade pública; em 31 de dezembro deste ano, substituindo então de forma temporária o antigo prazo de 90 dias para receber a parcela mensal; sendo que, caso o beneficiário não sacasse a tempo, o pagamento retornava para o caixa público.
Em meio à quarentena, a locomoção da população dependente dos benefícios sociais ficou ainda mais complicada; mas agora as famílias podem ficar mais tranquilas quanto ao prazo para sacar o bolsa família, já que, se nada mudar em virtude da pandemia, o estado de calamidade pública terminará só no final do ano.
"Muitas famílias vivem em locais com dificuldade de acesso aos canais de saque, alguns deles a horas de barco. Foi pensando nessas pessoas que o governo decidiu ampliar o prazo", disse a secretária de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania, Fabiana Rodopoulos.
Essa decisão foi publicada na sexta-feira de julho, 24, no Diário Oficial da União por meio da portaria de nº 444/2020 assinada pelo Ministro de Estado da Cidadania, Onix Dornelles Lorenzoni.
Segundo a portaria, que já está em vigor, o prazo de todas as parcelas válidas e liberadas pelo governo aos beneficiários do bolsa família já foi prolongado para o fim do estado de calamidade pública. Desta forma, as parcelas anteriores também poderão ser sacadas até o fim de dezembro.
Quanto aos participantes do programa que estejam recebendo o auxílio emergencial, o prazo para sacar o benefício está definido para até 270 dias, o que equivale a nove meses. Sendo que os pagamentos creditados na Conta Fácil ou Conta Poupança continuam ocorrendo como antes.
Sobre a Renda Brasil; o novo Bolsa Família
O governo estuda uma nova forma de auxiliar os mais vulneráveis financeiramente do país, alterando a estrutura do atual bolsa família e chegando ao Renda Brasil, programa este que deverá centralizar diversos programas sociais em um só e tem previsão para entrar em vigor após o término do pagamento do Auxílio Emergencial.
Segundo Paulo Guedes, ministro da economia, os brasileiros de baixa renda receberão entre R$ 250 a R$ 300, sendo que há em pauta a possibilidade de trabalhadores informais também serem incluídos na Renda Brasil.
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