A BlackRock, a maior gestora de ativos financeiros do mundo, em parceria com o Banco B3, lançou na segunda-feira, 14 de fevereiro, 6 novos Brazilian Depositary Receipts (BDR's) lastreados em ETF's de renda fixa listados em bolsas norte americanas, da marca iShares.

Além dos BDRs de ETFs de Renda Fixa, a B3 passou a permitir a negociação de mais sete novos tipos de ativos em janeiro desse ano, sendo eles: ETFs de Moedas, Fundos de Investimento Multimercado de Renda Variável (FIM RV), BDR de ETF de Moedas, ETF de Renda Fixa Internacional, Fundo de Investimento Renda Fixa (FI RF), Fundo de Investimento Multimercado Renda Fixa (FIM RF) e Fundo de Investimento Multimercado de Infraestrutura (FIM INFRA).

"A partir de agora, com os BDRs de iShares ETFs de renda fixa, os investidores brasileiros podem acessar cestas de títulos de renda fixa em dólares de forma mais eficiente e com custos reduzidos em relação aos títulos negociados individualmente. Gestores, instituições, e assessores têm mais uma opção para construir portfólios resilientes, diversificados, e com liquidez", disse a B3.

BlackRock tem mais de 100 milhões de clientes nos ETFs iShares pelo mundo

Hoje a BlackRock possui mais de 100 milhões de clientes nos ETF's iShares espalhados pelo mundo, com uma expectativa de captar mais cem milhões nos próximos cinco anos.

No Brasil, o projeto começou em novembro de 2020 quando a gestora e a B3 firmaram uma parceria para listar o primeiro BDR de ETF Internacional.

Crescimento dos BDR's de ETF's também é visto no Brasil

Para a Head da BlackRock no Brasil, Karina Saade, a tendência de avanço dos BDRs de ETFs também é vista no mercado financeiro brasileiro. Antes, a gestora global possuía os ativos negociados, mas eram de renda variável.

"2021 foi um ano de consolidação dos BDRs de ETFs. A chegada dos BDRs de ETFs de renda fixa marca outro momento importante no desenvolvimento dessa nova plataforma. O nosso objetivo é continuar trazendo novas classes de ativos e exposições, até que seja possível montar um portfólio internacional completo, com ETFs", disse Karina.

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Conforme explica a B3, a listagem dos BDR's de ETF's de renda fixa internacional, bem como de outros tipos de fundos de investimentos, é importante porque possibilita cada vez mais a diversificação dos ativos na carteira dos investidores brasileiros

"A diversificação de geografias, moedas e setores é essencial para que os brasileiros tenham todos os insumos para construir as melhores estratégias e alcançarem seus objetivos. Os lançamentos de hoje reforçam o compromisso da B3 e do mercado em oferecer o maior número de opções de produtos para os investidores brasileiros", explica Luís Kondic, diretor executivo de Produtos e Dados da B3.

BEGU39: o BDR de ETF mais negociado no país

Os Brazilian Depositary Receipts (BDR's) de ETFs são parecidos com os BDR's de ações, mas eles permitem a compra de uma parte de algum ETF negociado no exterior sem a necessidade de comprá-lo diretamente.

Segundo a B3, o BDR de ETF mais negociado no Brasil em janeiro foi o BEGU39, que teve o maior volume médio de negociações diárias e com uma participação de mercado de 20%. O BEGU39 também é o BDR de ETF mais negociado na B3 desde novembro de 2020.

O ETF mais negociado na B3 em janeiro de 2022 - e o mais rentável

ETF vem do inglês Exchange Traded Funds e são conhecidos no mercado como Fundos de Índices. São fundos de investimentos, podendo ser de vários tipos (renda fixa, renda variável, de criptomoeda, por exemplo), que carregam como referência algum indicador para atuar - tenha como exemplo os ativos abaixo.

O ETF mais negociado do Brasil em janeiro de 2022 foi o BOVA11, que tem a BlackRock como gestora. Segundo o relatório mensal da B3, o ativo fechou o primeiro mês do ano com representação de 53,20% do total. Criado em 2008, o ETF BOVA11 tem como objetivo refletir o desempenho do Índice Bovespa, composto pelas ações mais negociadas no país.

Também segundo o relatório mensal da B3, que traz informações públicas sobre esse tipo de ativo, o ETF mais rentável de janeiro de 2022 foi o FIND11, atrelado à variação do Índice Financeiro (IFNC) e sob gestão do Itaú Unibanco, que registrou alta de 17,2% no mês. O objetivo do FIND11 é acompanhar o IFNC, assim estando exposto a ações do setor financeiro, como as de bancos e seguradoras.