Investidores que gostam de se basear em recomendações de ações e análises de especialistas na hora de decidir onde aplicar o dinheiro, essa notícia é principalmente para vocês: a Blau Farmacêutica (BLAU3) e a Petrobras (PETR3, PETR4) tiveram seus rating elevados nessa semana.
O rating da Blau Farmacêutica foi elevado de ‘AA(bra)’ para ‘AA+(bra)’, com Perspectiva Estável pela Fitch Ratings. Já o da Petrobras teve a sua nota de crédito elevada em um nível, de "Ba2" para "Ba1", com perspectiva estável e seu rating intrínseco elevado também em um nível, de "ba2" para "ba1". A classificação da Petrobras foi feita pela agência Moody's.
Empresas comemoram
Ambas empresas comemoraram a novidade. Veja as manifestações oficiais de cada uma delas:
BLAU FARMACÊUTICA:
"Este reconhecimento do fortalecimento do perfil de crédito pela Fitch, reflete o foco da administração da Blau na entrega de resultados consistentes e resilientes ao longo dos últimos anos, além do fortalecimento de seu balanço por meio do IPO realizado em Abril/21. A Companhia manterá o foco em seu plano de negócio buscando a melhoria contínua dos índices de crédito e rentabilidade".
PETROBRAS:
"Com este upgrade a Petrobras é classificada um nível acima do governo brasileiro, o que, segundo a Moody’s, decorre do perfil de crédito superior da companhia, incluindo a comprovada resiliência em condições econômicas e de negócios adversas".
O que são os ratings?
Os ratings são as classificações de risco, ou seja, como uma espécie de nota que empresas, países, índices, etc, ganham. Essa nota é atribuída sempre por instituições especializadas em análise de crédito conhecidas como "agências classificadoras de risco". Elas avaliam a capacidade e a disposição de um país, uma ação, um índice, etc, em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida.
Essas notas são muito utilizadas pelos investidores já que fornecem uma opinião, que se espera ser independente, a respeito do risco de crédito da dívida da ação/empresa analisada.
Três dessas agências, consideradas as mais importantes são a Moody's, a Fitch e a Standard & Poor's. Veja na tabela abaixo a forma como cada uma delas classifica o nível de risco:
S&P | Fitch | Moody's | Risco | Probabilidade de falência em até 30 anos |
AAA | AAA | Aaa | Mínimo Rismo | 0,07% |
AA+ | AA+ | Aa1 | Muito Baixo Risco | 0,29% |
AA | AA | Aa2 | Muito Baixo Risco | 0,51% |
AA- | AA- | Aa3 | Muito Baixo Risco | 0,55% |
A+ | A+ | A1 | Baixo Risco | 0,60% |
A | A | A2 | Baixo Risco | 0,66% |
A- | A- | A3 | Baixo Risco | 2,50% |
BBB+ | BBB+ | Baa1 | Risco Moderado | 5% |
BBB | BBB | Baa2 | Risco Moderado | 7,50% |
BBB- | BBB- | Baa3 | Risco Moderado | 11% |
BB+ | BB+ | Ba1 | Risco Substancial | 14% |
BB | BB | Ba2 | Risco Substancial | 17% |
BB- | BB- | Ba3 | Risco Substancial | 21% |
B+ | B+ | B1 | Alto Risco | 25% |
B | B | B2 | Alto Risco | 37% |
B- | B- | B3 | Alto Risco | 45% |
CCC+ | CCC+ | Caa1 | Risco muito alto | 52% |
CCC | CCC | Caa2 | Risco muito alto | 59% |
CCC- | CCC- | Caa3 | Risco muito alto | 65% |
CC | CC | Ca | Risco muito alto | 70% |
C | C | Risco muito alto | 80% | |
DDD | C | Em inadimplência | 100% | |
D | DD | Em inadimplência | 100% | |
D | Em inadimplência | 100% |
As ações classificadas até a faixa BBB- e Baa3 são consideradas como pertencentes à categoria dos investimentos seguros, com qualidade alta e baixo risco. A partir da faixa BB+ e Ba1 os países são considerados como pertencentes à categoria de especulação.
Ações BLAU3
As ações da Blau Farmacêutica, apesar da elevação de sua classificação, vêm vivendo um momento de queda em seu preço. Nos últimos 30 dias, foram 12,10% a menos e cada um dos papeis está custando, na manhã dessa quarta-feira, 29 de setembro, cerca de R$ 45,34.
Ações PETR3 e PETR4
Já ações da Petrobras costumam oscilar bastante, seja por fatores econômicos ou por fatores políticos que frequentemente afetam seu preço também já que a empresa é uma estatal. Nos últimos 5 dias, por exemplo, as ações PETR3 vêm em alta de 5,67%, com cada um dos papeis custando R$ 27,75 na manhã dessa quarta-feira.
Mas nos últimos 30 dias as ações ordinárias da empresa chegaram a registrar uma queda de mais de 12% (no dia 20 de setembro) e depois voltaram a se recuperar parcialmente. Considerando o preço das ações no fechamento do mercado ontem, dia 28, a queda dos últimos 30 dias é de 3,38% no momento.
Situação muito parecida se dá com as ações prefenciais da companhia, as PETR4. Nos últimos 30 dias as ações registram uma queda de 4,73%, que chegaram a ser 12,90% no dia 20 de setembro. Nos últimos 5 dias, porém, a empresa vem se recuperando e registra uma alta de 4,58%. Cada um dos papeis PETR4 custava R$26,96 na manhã dessa quarta-feira, dia 29.
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