Muitos jovens brasileiros sonham com o ingresso no ensino superior, porém, nem sempre é possível realizar esse desejo. Isso acontece porque existe muita concorrência para entrar em uma instituição pública de ensino. E quando o assunto é pagar as mensalidades de uma faculdade privada, em muitos casos é praticamente impossível, já que os valores não cabem no orçamento.

Por isso, muitos estudantes recorrem ao FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), um programa do Ministério da Educação (MEC) que auxilia alunos de baixa renda a ingressarem em uma faculdade privada.

O estudante realiza o curso 100% financiado e só começa a pagar após sua conclusão. Normalmente, as inscrições do FIES ocorrem no começo do primeiro semestre do ano e no início do segundo semestre do ano.

Você precisa ver: Financiamento estudantil: conheça alternativas ao FIES

Como se planejar financeiramente para pagar o FIES?

Regras para se inscrever no FIES

É necessário que o estudante se encaixe em alguns requisitos solicitados pelo MEC para poder ingressar no financiamento estudantil. Confira quais são:

  • Obtiver desempenho igual ou superior a 450 pontos na média da prova e não ter zerado a redação de qualquer edição do Enem a partir de 2010;
  • A renda bruta mensal por pessoa da família não deve ultrapassar de 3 salários mínimos;
  • Não pode estar com nenhuma matrícula trancada;
  • Não pode já ter sido beneficiado pelo FIES;
  • Não pode estar inadimplente com o PCE (Programa de Crédito Educativo);
  • Não pode ser beneficiário do ProUni, sendo bolsa integral ou parcial.

Vamos ver então algumas dicas para fazer um bom planejamento financeiro para pagar o FIES.

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Controle os seus gastos

Quando se fala em planejamento financeiro, a principal dica é: controle os seus gastos. Então, para poder colocar em prática, a primeira atitude a se tomar é acompanhar diariamente suas despesas.

Muitas vezes passamos o cartão e nem nos damos conta de quanto foi aquela compra no supermercado. Então, a partir de agora, comece a anotar todos os seus gastos diários e observe se aquilo que está diminuindo o seu orçamento realmente é necessário.

Existem aplicativos que auxiliam na gestão financeira. Ou se você preferir, pode utilizar planilhas ou até mesmo uma agenda. A maneira que você irá desempenhar a função será de sua escolha, mas desde que faça efeito em seus gastos.

Abra mão dos supérfluos

Quando se trata de consumismo, a maioria das pessoas tem seus pontos fracos. É normal que acabemos comprando algo a mais, ou muitas vezes desnecessários. Mas é esse detalhe que ajuda na hora de economizar.

Sabe aquele cafezinho na chegada da faculdade? Ou aquele lanche quando sai para o intervalo? São esses detalhes que estão fazendo com que seu orçamento não diminua. Tente levar um lanche de casa, uma garrafinha com água para não precisar gastar na cantina.

Compare os preços antes de comprar

Com a tecnologia a nosso favor, é possível comparar os preços dos produtos direto na internet. Mesmo que a diferença seja pequena, antes de finalizar uma compra pesquise se outro site ou outra loja não oferece um preço menor.

Se você economizar em cada compra, no final do mês esse valor fará uma grande diferença em seu orçamento. Aproveite épocas de Black Friday ou após as datas festivas para comprar aquele produto que você tanto deseja.

Invista na regra 50-30-20

Existem algumas regras que ajudam na organização das finanças do dia-a-dia. Umas delas é a regra 20-30-20 que consiste em:

  • 50% da renda pessoal são para os gastos essenciais;
  • 30% do dinheiro total vai para despesas variáveis (estilo de vida);
  • Os 20% restantes ficam reservados para as prioridades.

Esse método vai lhe auxiliar muito para aprender a controlar os gastos mensais e conseguir guardar seu dinheiro.

Você precisa ver: Regra 50, 30, 20: o que é e como funciona?

Controle seu cartão de crédito

Embora o cartão de crédito seja muito prático para muitas situações, se não souber utilizá-lo de forma correta e controlada, ele pode ser um grande vilão para suas finanças.

Para evitar o cartão de crédito, o ideal é deixar ele guardado o máximo de tempo que puder, até conseguir realizar os pagamentos do FIES ou pelo menos diminuir tudo que seja supérfluo.

Antes de usá-lo, pense:

  • se você realmente precisa desse produto;
  • se há desconto quando for realizar pagamentos à vista;
  • se existem juros ao parcelar.

Se houver desconto à vista, priorize sempre por essa opção. Além de você estar ganhando um descontinho, ainda não compromete seu cartão de crédito.

Faça uma reserva mensal

Uma outra forma de ter um planejamento financeiro para seus estudos ou conseguir realizar uma reserva de emergência para o futuro, é necessário guardar, pelo menos, 10% do seu salário mensal. Se puder ser mais, melhor.

Faça com que essa reserva vire regra, podendo compará-la a uma conta como se fosse de água ou de energia. Deposite esse valor na conta poupança ou em um fundo de investimentos.

Depois dessas dicas, é possível que você consiga entrar nos trilhos e garanta seu FIES de uma maneira mais leve para não se preocupar no futuro.