A Pfizer desenvolveu em parceria com a BioNTech uma possível vacina contra o novo coronavírus; inclusive realizando testes em humanos. Pelo que parece, o fármaco trouxe bons resultados contra o Sars CoV-2, responsável por espalhar a doença contagiosa pelo mundo.
A notícia foi publicada em 1º de julho no site Medrxiv, uma plataforma que disponibiliza estudos não revisados ou aqueles publicados em revistas científicas. Testes realizados com a vacina indicam que ela é segura e até cria resposta imunológica em humanos.
Países reservaram a vacina
Os Estados Unidos garantiram em julho a quantia de cem milhões de doses da tão aguardada vacina, em um acordo de US$ 1,95 bilhão, que já está pago inclusive.
Já o Japão reservou 120 milhões da vacina contra a covid-19 também no mês de julho. A encomenda deverá ser entregue no ano que vem, de acordo com a expectativas.
Por sua vez, a Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira, 9, um acordo para reservar 200 milhões de doses da vacina a ser elaborada pela Pfizer/BioNTech no futuro. De acordo com a agência de notícias francesa France Presse, o acordo também inclui a compra adicional de cem milhões de doses.
Sobre a nova vacina contra a Covid-19
Pfizer e BioNTech fecharam parceria no início do ano com o objetivo de criar a vacina BNT162b1, que deverá ser distribuída globalmente, menos na China, pelas duas empresas.
Os testes foram realizados entre 4 de maio a 19 de junho de 2020; sendo que 45 pessoas entre homens e mulheres não grávidas de 18 a 55 anos participaram do estudo e provaram a vacina com doses diferentes:
- 12 foram vacinados com 10 microgramas;
- 12 receberam 30 microgramas do remédio;
- 12 foram testados com 100 microgramas;
- 9 testaram a vacina em forma de placebo.
As medicações foram realizadas em 2 doses com intervalo de 21 dias.
Sobre os resultados da vacina
Todas os voluntários não tiveram problemas sérios de saúde, já que entre os 7 dias seguintes da aplicação as pessoas apenas apresentaram febre e dor de cabeça leve a moderada. Outros efeitos colaterais verificados foram calafrios, dores musculares e articulares naqueles que receberam a vacina.
Em geral, anticorpos contra o Sars Cov-2 foram identificados nos voluntários, sendo que também houve a neutralização do vírus após a aplicação da nova vacina.
Mas a pesquisa ainda está em andamento e continuará a todo vapor, sendo que os voluntários serão avaliados por mais 6 meses. As empresas informaram que já testaram pessoas com idade entre 65 anos a 85 anos, pois estes são os mais vulneráveis à doença; mas os resultados serão publicados em breve. Além disso, participarão das próximas fases do estudo a parcela de pessoas mais propícia a ter complicações com o vírus, como portadores de doenças crônicas.
Se a vacina continuar dando bons resultados, cerca de 1,2 bilhões de doses podem ser distribuídas até 2021, sendo 100 milhões delas produzidas até o final de 2020.
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