A Johnson & Johnson é uma das empresas que estão em busca da vacina contra o coronavírus, doença que se espalhou pelo planeta. Mas os testes do medicamento foram suspensos nesta semana após uma doença desconhecida afetar um dos voluntários, conforme anunciou a empresa, sem muitos detalhes, nesta segunda-feira, 12 de outubro.
Sem explicar a causa da doença, se está relacionada diretamente com alguma medicação ou não, por exemplo, a empresa irá agora analisar o evento para traçar os próximos passos do estudo.
A Johnson & Johnson não divulgou informações sobre o voluntário, a doença manifestada e nem quanto aos sintomas da pessoa, pois deve "respeitar a privacidade deste participante". A empresa também disse por nota que ainda está estudando a doença, sendo então "importante ter todos os fatos antes de compartilhar informações adicionais".
Também não se sabe onde o voluntário mora, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) explicou por nota que o evento aconteceu no exterior. Vale dizer que a Agência terá a função de autorizar ou não a retomada dos testes no país.
Em entrevista à GloboNews, o presidente da Anvisa, Antônio Barra, disse que doze brasileiros já receberam dose única da vacina da Johnson & Johnson ou um placebo.
Nomeado de Ad26.COV2.S, o imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals (que é da J&J) e encontrava-se na etapa final do estudo; na chamada fase 3 que inclui testes em humanos.
Assim como houve com a vacina da Johnson & Johnson, o estudo feito pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford também contou com suspensão dos testes em humanos no mês de setembro, após um voluntário apresentar grave reação adversa ao produto; mas a pesquisa foi retomada no mesmo mês.
Anvisa autorizou testes em 7 mil voluntários brasileiros
A Johnson & Johnson recebeu autorização em agosto para fazer os testes da fase 3 da vacina no Brasil com previsão de 7 mil voluntários espalhados entre os estados de São Paulo, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Ao todo, a empresa prevê que até 60 mil voluntários de diversos países participassem do estudo.
A expectativa é de que haja produção de 1 milhão de doses em 2021, sendo que a vacina deverá ser disponibilizada em forma de injeção.
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