A Companhia Siderúrgica Nacional, também conhecida como CSN (CSNA3), reportou um lucro líquido de R$ 1,325 bilhão no terceiro trimestre de 2021 (3T21), sendo uma alta de 5% em relação ao mesmo período de 2020.
Entretanto, o resultado mostra um recuo de 76% em relação ao trimestre anterior (2T21), devido a uma "piora do desempenho operacional, especialmente no segmento de mineração, além do impacto das despesas financeiras e da maior provisão para imposto de renda no período, resultado de diferenças temporárias", conforme consta no relatório divulgado em 3 de novembro.
Mostrando intensa recuperação, o lucro líquido acumulado de 2021 até agora foi de R$ 12,5 bilhões frente a um lucro líquido de apenas R$ 396 milhões registrado no mesmo período de 2020.
Receita líquida e operações
Segundo o relatório, a CSN teve uma receita líquida de R$ 10,246 bilhões no 3º trimestre deste ano, o que representa um aumento de 18% em relação ao 3T20, mas uma retração de 33% na comparação com o 2T21 explicada por "queda de preço e volume na mineração, com impacto não recorrente da reversão de provisão da receita de períodos anteriores, além do menor volume de aço comercializado no período", consta no relatório.
No resultado acumulado do ano, a receita líquida totalizou R$ 37,5 bilhões em crescimento de 85% em relação ao mesmo período de 2020.
Por sua vez, o custo dos produtos vendidos totalizou R$ 5,942 bilhões no 3T21, resultado 16% menor em comparação com o 2T21, em razão, principalmente, da diminuição do volume de vendas nos segmentos de mineração e siderurgia. "Essa situação está em linha com a estratégia comercial de priorizar margens em detrimento de volume e acabou por compensar a evolução do custo de algumas matérias primas necessárias para o processo produtivo", explica a CSN.
Segundo o relatório, as despesas com vendas, gerais e administrativas fecharam o terceiro trimestre de 2021 em R$ 753 milhões, uma queda de 7,8% em relação ao 2T21.
Entre julho a setembro de 2021, a venda de aço chegou a 982 mil toneladas, sendo uma queda de 23% com destaque para o mercado interno que recuou 26% em relação ao mesmo período de 2020. De outro lado, a venda de minério de ferro da CSN caiu 11% no 3T21 puxada por baixa de 15% no mercado externo.
Outros destaques
O ebitda ajustado da CSN no 3T21 foi de R$ 4,296 bilhões, com uma margem EBITDA ajustada de 41% - queda trimestral de 12,5 pontos percentuais, influenciada principalmente pelo baixo desempenho do segmento de mineração do período e por menor volume de vendas.
Enquanto a Mineração registra recuo no período, o segmento de siderurgia apresentou um ebitda de R$ 2,854 bilhões; um recorde histórico, segundo o documento divulgado.
Por sua vez, a dívida líquida cresceu R$ 1,5 bilhão no 3T21 em relação ao segundo trimestre de 2021 após queda no caixa com desembolsos para os pagamentos do bond perpétuo, dos dividendos e da aquisição da Elizabeth Cimentos, segundo o relatório divulgado.
"Com isso, a relação dívida líquida/EBITDA ajustada ficou em apenas 0,6x, refletindo o atual momento da Companhia, com uma estrutura de capital bastante sustentável", disse a CSN, que tinha no terceiro trimestre de 2020 uma dívida líquida de R$ 30,6 bilhões.
CSN e CSN Mineração atualizam projeções para 2021:
- Projeção de atingir aproximadamente R$ 560 milhões de Capex de expansão na mineração no fechamento do balanço anual de 2021
- Projeção de produzir um volume total de minério de ferro mais compras de terceiros entre 36.000 - 37.000 kton no fechamento do balanço anual de 2021.
- Projeção de atingir custo C1 de produção de minério de aproximadamente US$ 19,0/t no fechamento do balanço anual de 2021.
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