O IBGE divulgou nesta terça-feira, 30 de novembro, dados sobre a taxa de desemprego no Brasil. Em suma, esse índice caiu para 12,6% no 3º trimestre de 2021 (3T21). Entretanto, o desemprego ainda atinge 13,5 milhões de brasileiros.
Em suma, essa é a primeira vez desde o trimestre encerrado em abril de 2020, em que a taxa de desemprego fica abaixo de 13%. Apesar da queda no índice, o rendimento real dos brasileiros diminuiu, e elevou o número de trabalhadores subocupados e informais.
Ademais, o contingente de trabalhadores por conta própria chegou a um número recorde. Abaixo, confira todos os detalhes dos dados divulgados pelo IBGE.
Desemprego cai para 12,6% mas ainda atinge 13,5 milhões
Em suma, os dados compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego estava em 13,1%. E com isso, atingia 13,9 milhões de pessoas.
Ademais, na comparação com o 2º trimestre (14,2%), a taxa de desemprego caiu 1,6 ponto percentual. Já no 3º trimestre de 2020, estava em 14,9%.
Por outro lado, o número de desempregados caiu 9,3% (menos 1,4 milhão de pessoas) frente ao trimestre encerrado em junho (14,8 milhões de pessoas). Além disso, caiu 7,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) na comparação anual.
Em suma, as maiores taxas de desemprego foram registradas em Pernambuco (19,3%), Bahia (18,7%), Amapá (17,5%) e Alagoas (17,1%). Já as menores, em Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,6%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Rondônia (7,8%).
Rendimento médio recua
Em suma, o número de pessoas ocupadas foi estimado em 93 milhões. Isso representa um aumento de 4% em relação ao 2T21, e de 11,4% em relação ao 3T20.
De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, "No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho".
Entretanto, apesar da queda do desemprego, o rendimento dos brasileiros segue baixo. Isso acontece, por conta da pressão da inflação, que passou de 10% no acumulado em 12 meses.
O rendimento médio real habitual do trabalhador (descontada a inflação), ficou em R$ 2.459. Isso aponta para uma queda de 4% frente ao trimestre anterior, e uma diminuição de 11,1% em relação ao 3T20. Sendo assim, é o menor rendimento médio desde o final de 2012.
De acordo com Beringuy, esses resultados mostram que a elevação da ocupação foi puxado por postos de trabalho com salários menores. "Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação", explicou.
Informalidade cresce
Em suma, a taxa de informalidade aumentou para 40,6% da população ocupada no 3T21. E assim, há mais de 38 milhões de trabalhadores informais. Já no 2T21, a taxa estava em 40%, e no 3T20, em 38%. De acordo com o IBGE, a informalidade responde por 54% do crescimento da ocupação no Brasil.
Dentre as categorias de emprego que mais cresceram diante do 2T21, estão os empregados do setor privado sem carteira assinada (11,7 milhões de pessoas), com alta de 10,2%, em relação ao 2T21.
Além disso, houve um aumento no número de trabalhadores por conta própria - 3,3% ou 817 mil pessoas em 3 meses. São 25,5 milhões de pessoas nessa categoria, o maior número desde o início da série histórica da pesquisa. O contingente inclui os trabalhadores que não têm CNPJ, que aumentaram 1,9% frente ao 2T21.
Por fim, o número de empregados com carteira de trabalho assinada chegou a 33,5 milhões. E assim, aumentou 4,4% (mais 1,4 milhão de pessoas) em relação ao 2T21, e 8,6% (mais 2,7 milhões) frente a 2020.
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