A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o órgão que cuida dos temas que devem ser ensinados nas escolas brasileiras, e desde 2017, a educação financeira infantil entrou para a lista dos temas obrigatórios, o que pode ajudar a transformar futuros economistas.
Saber ensinar uma criança desde pequena sobre a educação financeira ajuda a formar um adulto com hábitos de consumo consciente, tendo gastos e comportamentos mais saudáveis em relação ao dinheiro.
O MEC (Ministério da Educação) junto com o CNE (Conselho Nacional de Educação) solicitaram no ano de 2020 que as redes de ensino aderissem os currículos das educações infantil e fundamental com o assunto.
Essa abordagem ajudará muitas crianças e famílias a evoluírem sobre o assunto. Claro que nada substitui o exemplo que vem de casa. Por esse motivo, vamos ver algumas dicas de educação financeira infantil para aplicar com seus filhos.
Qual a melhor idade para iniciar a educação financeira infantil?
Tudo que está relacionado ao dinheiro faz parte do nosso dia a dia e isso não significa que não pode ser conversado com as crianças, inclusive desde cedo. O correto é saber como adequar essa abordagem de acordo com cada idade e maturidade da criança, aproveitando sua natureza.
Para aquelas crianças que estão aprendendo a contar porém não tem noção básica de matemática, o tema pode ser abordado de forma simbólica. Usar folhas de cores e tamanhos diferentes, representando valores cada uma. Também já é possível introduzir o famoso cofrinho para o conhecimento delas.
A partir dos 6 anos, as crianças começam a ter mais autonomia em suas escolhas e decisões. Nesse momento, os pais já podem trazer elas mais para o ambiente real, deixando um pouco de lado só as brincadeiras. Sempre com um adulto junto, a criança já pode receber o valor para comprar um item básico de seu desejo, como sorvete ou um doce.
Faça perguntas como: esse valor está correto? Vale mais a pena um chocolate ou algumas balas? Essas oportunidades exploram o tema de forma espontânea.
Depois dos 11 anos de idade, a criança já pode ter um pouco mais de responsabilidade, como pagar sozinha seu lanche na escola.
Vale ressaltar que é sempre válido a criança ter as finanças do lar como exemplo. Não faça nada diferente do que está ensinando a ela para não confundí-la.
Dicas de educação financeira infantil
As dicas são para ajudar seu filho a ter uma relação tranquila com o dinheiro, criando intimidade com ele para se tornar um adulto capaz de ter controle de seus gastos e saber administrar sua vida financeira.
1. Defina uma mesada para seu filho
A mesada é uma forma de envolver seu filho com o dinheiro, podendo ser mensal ou semanal. Ela fará com que seu filho aprenda a utilizar esse valor da maneira que ele queira, mas também pode estar guardando esse valor. É ele quem define se gasta ou guarda, tendo oportunidade de mais autonomia sobre esse dinheiro.
Assim como o adulto recebe seu salário depois de um mês inteiro de trabalho, o interessante é fazer com que essa mesada venha atrelada a algumas obrigações, como organizar seu quarto, tirar o lixo, ajudar em casa ou até estar bem nos estudos.
Alguns detalhes importantes para vocês:
- Incentive seu filho a anotar os gastos, planejando sua vida financeira;
- Converse sobre as decisões que ele queira ter com o valor recebido;
- Não discuta com ele sobre o que ele decidiu. Apenas oriente, mostrando algumas de suas experiências;
- Não inclua na lista de obrigações bons modos, como obedecer os pais ou ter bons comportamentos, isso é obrigação dele fazer sempre.
2. Compartilhe como você organiza o orçamento familiar
Mostrar para a criança como você administra o orçamento de casa é muito importante para educação financeira dela. Nesse momento, ela está vivenciando o que é real e aprendendo a ter escolhas em sua vida.
Assim, ela fica um pouco por dentro da realidade financeira do lar e sabe até onde pode pedir e cuidar dos gastos da casa, como tempo no banho, desligar luzes quando não houver ninguém nos cômodos, entre outros.
3. Deixe as crianças ajudar a fazer mercado
Deixe que elas aprendam a realizar as compras com os adultos e saber que os preços podem variar de acordo com as marcas, por exemplo. Explique suas escolhas e mostre a relação de preço e produto. Essa experiência pode trazer noções mais concretas de como manter a casa.
4. Ensine-o a pensar a longo prazo
O cofrinho é um meio que auxilia muito na educação financeira infantil. Isso ajuda a criança a entender que não se pode ter tudo, e no momento que ela deseja. Assim, ela estabelecerá metas que valerá o esforço de juntar aquele dinheirinho para comprar algo que ela quer muito.
Ensine a ele que uma parte do que se ganha vai para despesas do dia a dia e outra vai para a poupança ou investimento. Esse exercício trabalha a paciência e perseverança.
5. Dê jogos sobre finanças
É possível, de forma divertida como os jogos, incentivar as habilidades financeiras das crianças. Algumas dicas de jogos são: Banco Imobiliário kids (acima de 5 anos), Jogo da vida (acima de 7 anos) e Jogo da mesada (acima de 6 anos).
Com algumas dessas dicas, é possível conduzir o assunto de uma maneira leve e lúdica, já que a criança aprende brincando.
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