A partir desta quinta-feira de 13 de agosto, passa a valer um aumento no preço da gasolina em 4% e do diesel em 2% nas refinarias da Petrobras. Em julho, a petrolífera reduziu a gasolina em 4% após uma sequência de nove altas seguidas. Por sua vez, essa será a sexta alta consecutiva no preço do diesel.
No entanto, o aumento dos combustíveis para os consumidores finais nos postos ainda não é certo, pois isso depende de outras variáveis, como os impostos.
Segundo a Reuters, esses reajustes devem colocar o diesel a R$ 1,7336 por litro, maior patamar desde o ínicio da crise em março, e a gasolina deverá custar R$ 1,7213 nas refinarias. Em 2020, a gasolina já apresenta desvalorização de 10%; enquanto o diesel sofre queda de 26%.
Com o afrouxamento da quarentena, visto na volta gradual dos empreendimentos, o mercado de combustíveis enxerga uma oportunidade de repor os prejuízos neste segundo semestre do ano e uma chance de normalizar as contas tão prejudicadas pela pandemia. A Raízen Combustíveis, por exemplo, que faz parte do grupo Cosan, estima que conseguirá chegar ao balanço do período anterior à pandemia já neste segundo semestre. Além disso, esse aumento segue em harmonia com a suave melhoria do preço internacional do petróleo.
De acordo com a Petrobras, os derivados do petróleo (como gasolina e diesel) "têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo. Por isso, a variação dos preços nas refinarias e terminais é importante para que possamos competir de forma eficiente no mercado brasileiro".
Vale dizer que o barril do petróleo do tipo brent gira nos 45 dólares no mercado; enquanto que o dólar segue em torno de R$ 5,45.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) antecipou o reajuste ao Broadcast do Estadão, dizendo que a Petrobras avisara as distribuidoras sobre aumentar nas refinarias o litro do diesel em R$0,0366 e o litro da gasolina em R$ 0,0662 o litro.
Sobre a intenção da petrolífera brasileira, o presidente-executivo da Abicom, Sérgio Araújo, disse à agência Reuters que "as janelas para importações continuam fechadas. Os preços internacionais estão subindo e os reajustes anunciados pela Petrobras não alcançam a paridade".
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