Desde que a pandemia do novo Coronavírus vem se avançando na maior parte do mundo, o cenário econômico tem sido muito abalado com relatórios e projeções bastante negativas. Entretanto, enquanto diversos setores da economia, seja brasileira ou mundial, têm sentido os mais duros efeitos da crise, o segmento de consórcio foi alvo de algumas oscilações, mas fechou o primeiro trimestre de 2020 em alta.
De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), apesar de sofrer um golpe considerável no início da pandemia, quando apresentou queda de 23% nas transações das empresas do segmento, o setor conseguiu fechar o primeiro trimestre do ano com um aumento de 9,7% na venda de novas cotas, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em quantia, os consórcios movimentaram cerca de R$33 bilhões apenas no primeiro trimestre deste ano.
Um fator que contribuiu para a evolução da movimentação financeira foi a ociosidade econômica. Este fator fez com que o valor de diversos bens, principalmente de imóveis, teve importante queda. Esta queda chamou a atenção de diversos investidores, e, juntamente com o aumento do número de clientes, o setor ganhou vasto crescimento.
Alta dos consórcios em comparação aos financiamentos
Nos últimos anos, o consórcio vem apresentando bom crescimento justamente pelas suas vantagens, principalmente se comparado ao financiamento. Os altos juros implicados pelos financiamentos, que em março, ficaram entre 20% e 46% ao ano, como no caso das concessões das famílias.
Os consórcios vem sendo muito mais vantajosos justamente pelo baixo índice de juros. Além disso, o aumento no pagamento das parcelas também inflama o crédito, e com isso, o cliente usa uma grande parte dos juros que foram pagos, e isto varia de acordo com o tempo em que o cliente é avalizado a usar seu crédito.
É o que explica o coordenador do MBA da FGV, Ricardo Teixeira. "Quem busca um consórcio não pode ter pressa de receber o bem. Isso vale tanto para um veículo, quanto uma casa ou mesmo uma geladeira. A vantagem é que você sabe desde o início qual vai ser o valor da parcela", explica o professor.
Outro fator de alerta é a reputação das administradoras. "Uma coisa importante é conhecer bem quem está promovendo o consórcio. Busque sempre empresas credenciadas, que passam por uma constante fiscalização. Assim, o risco fica baixo, mas é bom lembrar que ainda existe", diz Teixeira.
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