A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deste ano subiu de 5,44% para 5,82%. A estimativa está no boletim Focus dessa segunda-feira, 14 de junho. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Essa projeção para 2021 está acima do teto da meta de inflação estipulada incialmente, que é de 3,75% para este ano. O BC procura se manter nessa média, mas há uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
De janeiro a maio, a inflação já acumula 3,22% e, nos últimos 12 meses, chega a 8,06%. Nessa semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que, em maio, o IPCA subiu 0,83%, a taxa mais alta para o mês desde 1996.
Para 2022, a estimativa de inflação passou de 3,53% para 3,78%. E tanto para 2023 como para 2024 as previsões se mentêm em 3,25%.
Veja o último Relatório Focus publicado pelo BC.
Causas
Os principais impactos vem dos preços dos combustíveis que já somam uma alta de mais de 24% no ano e, no mês de maio, um fator de influência foi a energia elétrica. A crise hídrica registrada em muitas regiões do país fez com que a tarifa fosse elevada para a bandeira vermelha 1, afetando os preços das contas.
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 5,5% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 6% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 6,5% ao ano e 6,25% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Além da taxa Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Com informações Agência Brasil.
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