Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros em função da pandemia de covid-19, a atividade econômica registrou crescimento, em fevereiro, pelo décimo mês consecutivo. Isso é o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje nessa segunda-feira, 19 de abril, pelo Banco Central (BC).

Em fevereiro, o índice apresentou alta de 1,7% na comparação com janeiro, segundo dados dessazonalizados (ajustados para o período). Em relação a fevereiro de 2020, a expansão ficou em 0,98% (sem ajustes).

No primeiro bimestre comparado ao mesmo período de 2019, foi registrado crescimento de 0,23%. Em 12 meses terminados em fevereiro de 2021, houve retração de 4,02%.

O IBC-Br

O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Mas o indicador oficial, com metodologia diferente do IBC-Br, é o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

Inflação é temporária

Recentemente o presidente do BC, Roberto Campos Neto, também veio a público para comentar sobre a inflação que vem sendo observada no Brasil. Segundo a autoridade monetária, ela tem caráter provisório e está mais relacionada a uma reprecificação, principalmente de alimentos.

Campos Neto disse que o cenário sofre influência também da desvalorização do Real, bem como das análises que o mercado faz da relação entre dívida pública, capacidade de pagamento e crescimento potencial do país e que tudo isso é consequência, principalmente da pandemia, mas que ainda assim, os valores seguem as expectativas anunciadas em 2020.

Diante desse cenário, Campos Neto acenou com a possibilidade de o Comitê de Política Monetária manter a programação de alta na taxa básica de juros em mais 0,75 ponto percentual, chegando a 3,5% ao ano. Atualmente, o centro da meta da inflação para 2021 está em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com informações Agência Brasil.