Mesmo com a brusca e sequencial queda de seus rendimentos, a Caderneta de Poupança trouxe boas notícias ao Governo Federal e ao Banco Central. Isso porque, de acordo com um comunicado feito pela Secretaria de Comunicação (Secom), a principal e mais antiga forma de investimento da economia brasileira registrou entrada líquida de R$37,2 bilhões no mês de maio, estabelecendo um novo recorde para qualquer mês desde o ano de 1995.
Resultado disso foram os depósitos de R$235 bilhões e as retiradas de R$197,9 bilhões. Vale lembrar que o valor é o maior de toda a série histórica do Banco Central, ultrapassando o recorde mensal anterior, de abril, que teve captação de R$30,5 bilhões. É o terceiro mês consecutivo que a poupança apresenta saldo líquido positivo, que agora acumula, no ano, captação de R$63,9 bilhões.
Em meio à pandemia de #coronavírus, a segurança financeira da aplicação na caderneta de poupança voltou a atrair os brasileiros. Segundo o Banco Central, a poupança registrou entrada líquida de R$ 37,2 bilhões em maio, renovando recorde histórico para qualquer mês desde 1995. pic.twitter.com/exGZ4veSGg
— SecomVc (@secomvc) June 5, 2020
Confira o relatório completo do Banco Central clicando aqui.
A forte entrada de recursos ocorre em um cenário de grande incerteza e volatilidade para o mercado financeiro, por conta da Covid-19, e marcado por incentivos fiscais adotados pelo governo para minimizar os impactos da doença sobre a economia.
Dentre as várias medidas tomadas pelo Governo Federal, a mais eficiente e conhecida da população foi a criação do auxílio emergencial, que deve injetar aproximadamente R$180 bilhões na economia. O benefício foi criado com o objetivo de ajudar os brasileiros de baixa renda que sejam trabalhadores autônomos, microempreendedores individuais, entre outros. Segundo informações do Tesouro Nacional, a previsão inicial de gastos com a ajuda aos informais era de R$152,6 bilhões. Até o momento, foram pagos R$77 bilhões através do programa.
Mesmo com o saldo positivo, baixa rentabilidade
Mesmo com a taxa de juros com o patamar mais baixo, de 3% ao ano, a expectativa é de que haja um novo corte da taxa Selic em junho, e as aplicações de renda fixa, que já tinham rendimento irrisório, devem passar a oferecer prêmios ainda menores.
No mês de maio, por exemplo, a poupança rendeu 0,22%, ante variação de 0,24% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa.No ano, o rendimento da caderneta chega a 1,20% (ante 1,54% do CDI) e, em 12 meses, a 3,96%, enquanto o CDI tem variação de 4,92%.
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