Com todo sucesso que está acontecendo entre os consumidores de todo o Brasil, o novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas do Banco Central ainda está dando o que falar.
Com a promessa de substituir DOC ou TED, o Pix já representa cerca de 80% das transferências bancárias. Mas será que existem problemas quando você faz um Pix para a conta errada? Será que tem a possibilidade de recuperar o dinheiro? Vamos ver tudo isso aqui neste artigo.
Banco x bloqueio do Pix
Primeiramente, vale ressaltar que em casos de suspeita de fraude, o banco da conta de origem, o banco da conta de destino ou até mesmo o Banco Central têm acesso ao bloqueio do Pix por 30 minutos no horário comercial ou por até 1 hora não sendo horário bancário. Isso ocorre para verificar se o Pix foi realmente feito pelo titular da conta de origem ou se é ilegítimo.
Essa análise de autenticidade da transação pode ser feita pelo setor de Compliance. As transações do consumidor são analisadas referente ao seu histórico e a instituição financeira poderá entrar em contato com o titular da conta. Dependendo da situação, o banco tem a liberdade de exigir alguma forma de segurança adicional, como uso de biometria facial pelo aplicativo, senha, confirmação de dados ou contato telefônico com o cliente.
Caso a instituição financeira não consiga obter a confirmação da legitimidade da transação, ela pode bloquear o Pix definitivamente e até por questão de segurança, pode ocorrer o bloqueio da conta. Em caso de suspeita de fraude, o banco de destino também pode não aceitar o Pix.
Recuperação do dinheiro para conta errada
Neste caso, o cliente pode entrar em contato diretamente com o banco de destino e ver o que pode ser feito. Depois que o dinheiro saiu da conta, ele não está mais sob a posse da instituição financeira de origem, e sim na instituição financeira de destino.
Como foi feito um Pix para a conta errada, antes de realizar a transação houve a inserção de senha e autorizar a transação. Por isso é sempre bom ter muita atenção e conferir todos os dados na hora que for fazer um Pix.
Transferência de chave
O diretor do Banco Central explica que, caso tenha realizado o cadastramento do PIX com o seu CPF, por exemplo, no banco A e quer usá-lo como chave para sua conta no banco B, é necessário entrar em contato com o banco B para que essa instituição peça, com sua autorização, a transferência daquele cadastro.
Outra dúvida comum é se é necessário ter conta corrente para usar o Pix. Na realidade é necessário ter o que o Banco Central chama de conta transacional. Então, se o cliente consegue receber e transferir dinheiro com aquela conta, consegue também fazer ou receber um Pix com ela.
Segurança
O novo sistema do Pix está gerando muita insegurança para os usuários, considerado normal pelo diretor do Banco Central, Pinho de Mello, pois novidades sempre geram desconfiança.
Porém, ele também esclarece que o cadastro das chaves é realizado em ambientes autenticados nas instituições, que permitem acesso somente por senhas, reconhecimento biométrico e/ou autenticação dividida em duas etapas: o envio de uma chave via SMS ou pelo e-mail.
Sobre a questão de preocupação com fraudes, o representante do BC diz que se preocupa sim, mas não mais do que com o sistema atual de pagamentos. Segundo ele, o Pix é tão seguro quanto uma transferência via TED ou DOC.
Segundo Mello, os usuários devem ter atenção ao abrir e-mails suspeitos ou fornecer seus dados em ambientes digitais não autenticados.
Caso os bancos identifiquem movimentações atípicas de alguma conta, eles têm o direito de não realizar transferências.
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