O Governo Federal liberou aos trabalhadores do Brasil mais um saque extraordinário de até R$ 1.000,00 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O calendário está previsto para começar em 20 de abril e seguirá tendo como base o mês de nascimento do trabalhador (veja abaixo).
Estima-se que cerca de R$ 30 bilhões serão liberados para aproximadamente 42 milhões de trabalhadores que têm direito ao saque, ou seja, que tenham saldo disponível em suas contas do FGTS. E muitas dessas pessoas podem estar se perguntando: será que vale a pena?
No Brasil, ainda é muito tradicional deixar o dinheiro lá na conta do FGTS, para que ele fique rendendo e seja retirado apenas quando necessário, para que se evite gastar com coisas desnecessárias, etc. Mas será que não há uma alternativa, como por exemplo, aplicar esse valor em outra conta, que talvez renda um pouquinho mais?
É sobre isso que queremos falar aqui. Confira abaixo as respostas para essas dúvidas que todos nós temos.
Calendário de pagamentos
Os pagamentos, caso você ainda não tenha visto, vão acontecer nas seguintes datas:
O valor vai cair em uma Conta Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa em nome dos trabalhadores e ficará disponível até 15 de dezembro de 2022. Toda a movimentação do valor poderá ser feita pelo app Caixa Tem.
Quanto rende a conta do FGTS?
Quando o dinheiro está na conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ele tem um rendimento, que tem como base a Taxa Selic, assim como a poupança. Atualmente a conta do FGTS está rendendo cerca de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), que atulmente está em cerca de 0,0971% ao mês.
Dessa forma, R$ 1.000 rende, no primeiro mês, cerca de R$ 3,471. No ano, cerca de 4,1652%. Ou seja, cerca de R$ 41,65. Mas se esse dinheiro for sacado, será que tem como render um pouquinho mais? A gente já te adianta: tem sim!
Quanto rende em outras aplicações?
Abaixo, vamos ver como seria o rendimento desse valor hoje se aplicado em algumas das principais aplicações.
Na poupança
Na poupança, esse R$ 1 mil teria um rendimento um pouquinho maior (e olha que a poupança tem a fama de render muito pouco). Isso porque hoje, com a Taxa Selic elevada (em 12,75%) ela está rendendo cerca de 6,15% ao ano e 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), conforme dados do Banco Central.
Atualmente isso dá cerca de 0,5839% ao mês. Dessa forma, o R$ 1 mil renderia cerca de R$ 5,839 no primeiro mês.
100% do CDI
Já o rendimento a 100% do CDI é ainda melhor. Com a elevação da Selic, o CDI está em cerca de 12,65% ao ano. Isso significa que por mês são cerca de 1,05%. Dessa forma, o R$ 1 mil renderia no primeiro mês cerca de R$ 10,50.
Onde encontrar um rendimento a 100% do CDI? A maior parte das contas digitais como Nubank, C6 Bank, Inter, PicPay, entre outros, possui essa opção de aplicação. Algumas oferecem rendimentos de até mais do que 100% do CDI.
No Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional. A remuneração dessas aplicações pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida, ou seja, existem várias opções de títulos e alguns deles permitem que você saiba exatamente quanto vai ganhar no momento de fazer o resgate, mas há outros que deixam esse retorno em aberto, a depender de outros fatores como a inflação ou Taxa Selic.
Na modalidade Tesouro Prefixado 2025, por exemplo, que tem uma rentabilidade anual de 12,24%, ou seja, ao fim do primeiro ano o investidor terá recebido R$ 122,40, cerca de R$ 10,20 por mês. Em janeiro de 2025, porém, ele terá R$ 1.360,98. Ou seja, terá ganho cerca de R$ 360,98.
Já na modalidade tesouro IPCA 2026, para citar outro exemplo, com vencimento em 15 de agosto de 2026, os R$ 1 mil se transformam em R$ 1.491,77 nesse período. A aplicação tem um rendimento anual de IPCA + 5,37%.
É preciso lembrar porém, que no Tesouro Direto, para aplicação render todo o valor que ela promete, é preciso manter a aplicação pelo prazo estabelecido no momento do investimento. Há também a incidência do Imposto de Renda e a alíquota varia de acordo com o tempo que o investidor deixa o dinheiro à disposição do governo.
Se o aplicador deixa a quantia até a data de vencimento do título, ele pagará menos IR, porém, se optar por retirar o valor antes, ele pagará mais, em taxas que variam de 15% a 22,5%. Veja a lista abaixo:
- 22,5% sobre o lucro em aplicações de até 180 dias
- 20% em aplicações de 181 a 360 dias
- 17,5% em aplicações de 361 a 720 dias
- 15% em aplicações acima de 720 dias
Esse IR já fica retido na fonte na hora do recebimento da quantia.
Oportunidade de começar a investir
Não estamos fazendo uma recomendação, mas avaliando os dados apresentados acima é possível dizer que a maior parte das aplicações rende mais do que o rendimento da conta do FGTS. Portanto, se sacar o dinheiro for a melhor opção para vocês, você poderá obter um bom rendimento com esses R$ 1 mil que foram liberados e, quem sabe, até começar a investir.
Vale a pena sacar os R$ 1 mil do FGTS?
Vale a pena, porque há outras aplicações (incluindo a poupança) que possuem um rendimento melhor.
Quanto rende a conta do FGTS?
A conta do FGTS rende cerca de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR).
Quanto rende R$ 1 mil na conta do FGTS?
R$ 1.000 rende, no primeiro mês, cerca de R$ 3,471. No ano, cerca de 4,1652%. Ou seja, cerca de R$ 41,65.
Quanto rende R$ 1 mil na poupança?
R$ 1 mil rende cerca de R$ 5,839 no primeiro mês se aplicado na poupança hoje.
Quanto rende R$ 1 mil a 100% do CDI?
O CDI rende cerca de 1,05% ao mês, dessa forma, R$ 1 mil renderia no primeiro mês cerca de R$ 10,50.
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