Nesta terça-feira, dia 22 de fevereiro, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou informações sobre a confiança do consumidor. Em suma, o índice aumentou 2,9 pontos em fevereiro, contra janeiro, na série com ajuste sazonal. Assim, ele se torna o maior nível desde agosto de 2021.
Enquanto isso, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) chegou a 77 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 0,7 ponto. De acordo com Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial:
"Em fevereiro, houve melhora da confiança dos consumidores influenciada por uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e por um aumento das expectativas em relação aos próximos meses. O destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos".
Auxílio Brasil pode ter influência
De acordo com Bittencourt,
"O resultado positivo pode ter sido influenciado pelo Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas, com indicadores superando o nível neutro de 100 pontos."
Entretanto, a pesquisadora do Ibre/FGV fala em cautela na análise dos resultados. É dito isso, pois o indicador de confiança segue em nível historicamente ainda "muito baixo".
Além disso, os consumidores mostram um "comportamento volátil" nos últimos meses. E isso, mostra "que a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo", explica Bittencourt.
No mês de fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 1,5 ponto, para 67,6 pontos. Enquanto isso, o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,8 pontos, para 84,5 pontos. O item que mede a satisfação sobre as finanças pessoais subiu 1,7 ponto em fevereiro, para 61,7 pontos.
E o que mede a percepção sobre a situação econômica atual aumentou 1,0 ponto, para 74,0 pontos, 3º mês seguido de avanços. Apesar da melhora, os dois componentes seguem em patamar baixo em termos históricos.
Estimativa para os próximos meses
Sobre as estimativas para os próximos meses, o quesito de intenção de compras de bens de consumo duráveis aumentou 8,8 pontos, para 69,1 pontos, depois de 5 meses consecutivos de perdas.
O item que se refere às estimativas sobre a situação financeira familiar reduziu 0,4 ponto, para 84,2 pontos. Enquanto isso, o componente que captura as projeções sobre a situação da economia geral, aumentou 2,7 pontos, para 102,3 pontos.
Em fevereiro, a confiança cresceu em todas as faixas de renda familiar, com destaque aos consumidores de menor poder aquisitivo. Dentre as famílias que ganham até R$ 2.100 mensais, o ICC aumentou 6,5 pontos, para 75,6 pontos. E esse, foi o maior valor desde março de 2020, quando o indicador estava em 82,5 pontos.
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