Atualmente, o boleto é um dos principais e mais utilizados meio de pagamento no Brasil. Entretanto, o principal problema deste meio de pagamento é a vulnerabilidade aos golpes dos pagadores. Vários meios de burlar o instrumento são utilizados por golpistas, que tentam ludibriar o cidadão de várias maneiras. Entretanto, um novo meio de usar o golpe do boleto vem fazendo várias vítimas nos últimos meses. Pensando nisso, iremos explicar neste artigo tudo o que você precisa saber para evitar cair no mais novo método do "golpe do boleto".
Em geral, o método mais comum do "golpe do boleto" é alterar o código de barras, desviando os pagamentos para as contas dos golpistas. Sendo assim, as vítimas, que geralmente são alvos fáceis, como idosos, que não possuem grande conhecimento sobre as transações digitais. Com isso, os verdadeiros destinatários dos pagamentos não recebem os valores.
Nesta nova versão do golpe, a fraude começa quando a vítima faz o download de um arquivo pelo computador, sem o menor conhecimento de que se trata de um golpe. Mas, vale lembrar que esta nova versão do golpe acontece além das transações feitas pelo computador, e os dispositivos móveis, como o celular, por exemplo, fica ainda mais vulnerável ao vírus, o que deixa os seus dados pessoais mais expostos.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as fraudes envolvendo a alteração dos boletos bancários aumentaram cerca de 45% durante a pandemia do novo Coronavírus. O maior perigo acompanha os boletos virtuais, que acompanham uma camada de segurança, o que possibilita a conferência dos dados do beneficiário no ato do pagamento.
Como identificar a tentativa do golpe do boleto
Para o cidadão se proteger do golpe do boleto, existem algumas ações que podem ser feitas pelo consumidor, que são essenciais em todos os pagamentos através de boletos bancários. Confira o passo a passo:
- Confira o código de barras do boleto (o número do código de barras que aparece na logo acima deve ser igual ao inferior);
- Os três primeiros dígitos da sequência devem corresponder ao banco emissor do boleto;
- Se o documento é enviado através das redes sociais, a vulnerabilidade é ainda maior. Sempre busque a fonte do boleto, e confira se o documento é igual;
- Por fim, fique atento a outros possíveis erros no documento (erros de português, falhas de formatação, dados do beneficiário incompletos, etc).
- Confira se o valor do boleto procede.
De acordo com o advogado do Instituto Brasileiro do Consumidor (Idec), Igor Marchetti, o prejuízo do golpe deve ser assumido tanto pelo banco, quanto pela prestadora de serviços, já que, segundo o previsto no artigo 20 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a partir do momento em que oferecem a forma de pagamento, assumem os riscos:
"A recomendação é que o consumidor tire cópia e faça um boletim de ocorrência, mostrando o boleto e o comprovante de pagamento, bem como as mensagens de envio para o documento falso. Depois, entendemos que poderá contatar o banco e o prestador de serviço para ter reparação, pois estes também têm responsabilidade, já que fica evidente o conhecimento do golpista sobre o contrato de prestação de serviços."
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