A fabricante de autopeças Fras-Le (FRAS3) confirmou na quarta-feira, 9 de março, a informação anunciada pela mídia de que a empresa estaria preparando uma oferta pública subsequente de ações, operação também conhecida no mercado por "follow-on".
Em comunicado ao mercado, a Fras-Le refere-se à matéria exclusiva anunciada pelo Pipeline, do Grupo Valor Econômico, que antecede o anúncio de uma oferta pela qual a empresa estaria buscando "R$ 750 milhões de caixa em follow-on".
"(...) a Companhia está avaliando a possibilidade de realizar uma oferta pública subsequente de distribuição primária e secundária de ações de emissão da Companhia, com esforços restritos de colocação, a ser realizada no Brasil (...)", consta no comunicado divulgado pela Fras-Le.
Além disso, a Fras-Le disse ainda que contratou os bancos Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI e o Banco Safra, bem como os respectivos agentes de colocação dessas instituições, como prestadores de serviços de assessoria financeira no âmbito da oferta restrita, incluindo trabalhos preparatórios para a definição da viabilidade da operação para a empresa neste momento e dos termos do follow-on.
- Veja a íntegra do comunicado da Fras-Le sobre seu potencial follow-on.
Fras-Le (FRAS3) lucra 15% a mais em 2021
A Fras-Le saiu de 2021 com um lucro líquido de R$ 210,6 milhões, sendo uma alta de 15,7% em relação ao resultado de 2020.
De outro lado, no quarto trimestre de 2021 (4T21) o lucro líquido da empresa chegou a R$ 22 milhões, representando uma queda de 82,8% frente ao mesmo período de 2020.
Por sua vez, a receita líquida da Fras-Le atingiu R$ 685,1 milhões no 4T21 em uma alta anual de 15,1%, um recorde, segundo o relatório.
"A receita atingida no 4T21 configura o melhor trimestre da história da Fras-le. Apesar de todos os desafios, o modelo de negócios da Companhia se prova robusto e eficiente, em especial pela diversificação de portfólio, mercados e geografias, guiados por uma gestão adequada dos recursos e engajamento dos times que promoveram o encerramento de mais um ano com resultados históricos", disse a empresa.
A matéria-prima passou a ter uma representatividade maior dentro do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) devido à alta inflação de insumos e custos logísticos em 2021. Com isso, no 4T21, o CPV foi de R$ 503,6 milhões, fisgando 73,5% da receita líquida do período.
Impactado por eventos não recorrentes de R$ 23,4 milhões, o Ebitda no 4T21 totalizou R$ 59,8 milhões, sendo uma queda de 61,8% em relação ao 4º trimestre de 2020. Nesse intervalo a margem do ebitda caiu 17,6 pontos percentuais para 8,7%. "Importante ressaltar que no 4T20 tivemos impacto líquido de R$ 70,7 milhões relativo aos ganhos de processos tributários que totalizaram R$ 93,4 milhões no ano de 2020", explica a empresa.
Em 2021 houve uma conversão positiva de R$ 388,1 milhões em ebitda, que proporcionou encerrar o ano com fluxo de caixa livre negativo de R$ 123 milhões, ante R$ 436,8 milhões negativos em 2020. A Fras-Le destaca que no ano passado houve uma necessidade de capital de giro maior em razão da aquisição da empresa Nakata, produtora de peças para moto, carro e caminhão.
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