A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (GOLL4), a maior companhia aérea doméstica do Brasil, anunciou seus resultados do terceiro trimestre de 2021 (3T21) na manhã dessa terça-feira, 9 de novembro.
E os destaques dessa apresentação de resultados são os seguintes:
- O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) aumentou 87,5% comparativamente ao 3T20, totalizando 5,9 bilhões (-46,6% vs. 3T19);
- O Assento Quilômetro Ofertado (ASK) aumentou 82,4% em relação ao 3T20 (-45,7% vs. 3T19);
- A GOL transportou 4,9 milhões de Clientes no trimestre, um aumento de 91,7% versus o 3T20 (-48,5% vs. 3T19);
- A receita líquida foi de cerca de R$ 1,9 bilhão, um aumento de 96,4% em relação ao 3T20 (-49,5% vs. 3T19). As outras receitas (principalmente cargas e fidelidade) totalizaram R$147 milhões, equivalente a 8% das receitas totais;
- A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 26,31 centavos (R$), aumento de 7,7% em relação ao 3T20. A Receita de Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) foi 24,28 centavos (R$), aumento de 10,3% em relação ao 3T20;
- O Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK) foi de 36,64 centavos (R$), 15,9% menor em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os custos incorridos estritamente relacionados aos voos operados (CASK ajustado) corresponderam a 21,66 centavos (R$), um aumento de 6,3%.
- O EBIT ajustado foi de 338,1 milhões, correspondendo a uma margem de 17,7%, o que demonstra o restabelecimento das margens operacionais necessárias para suportar o crescimento da operação. O EBITDA ajustado atingiu 464,7 milhões, com margem de 24,3% evidenciando os bem-sucedidos esforços de sustentabilidade, com equilíbrio entre oferta e demanda;
- O prejuízo líquido após participação de minoritários foi de R$ 0,9 bilhão, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não recorrentes, ganhos relacionados a Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls;
- Yield médio por passageiro de 29,8 centavos (R$), aumento de 7,3% em comparação ao 3T20, principalmente em função da otimização dos assentos ofertado e com potencial de contínua melhoria com a retomada dos passageiros corporativos no 4T21;
- Taxa de ocupação média de 81,5%, um aumento de 2,2 p.p. em relação ao 3T20, principalmente em decorrência da prudente gestão de oferta, adicionando capacidade em equilíbrio com os sinais da demanda e as ferramentas de data analytics proprietária da GOL;
- Utilização de aeronaves de 10,2 horas/dia, uma evolução de 52,2% em relação ao 3T20, consistente com a estratégia da Companhia de adicionar capacidade conforme os sinais da demanda;
- Pontualidade de 96%, uma redução de 1,0 p.p. em comparação com o 3T20, de acordo com a Infraero e dados fornecidos pelos principais aeroportos; e
- Geração de Caixa Operacional de BRL 2 MM/dia, incluindo entradas e saídas operacionais, pagamentos de arrendamento e serviço de dívida de capital de giro. Ao final do trimestre, incluindo os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da Companhia eram de aproximadamente R$6,1 bilhões de liquidez acessível.
Veja abaixo mais detalhes dos indicadores Operacionais e Financeiros:
Indicadores Operacionais e Financeiros
No mercado doméstico a demanda da GOL no mercado doméstico foi de 5.932 milhões de RPK, um aumento de 87,5%, enquanto a oferta apresentou aumento de 82,4% em comparação ao 3T20, e a taxa de ocupação chegou a 81,5% no trimestre. A companhia transportou 4,9 milhões de clientes no 3T21, um aumento de 91,7% comparado com o mesmo período de 2020.
Já no mercado internacional, no 3T21, a companhia realizou voos fretados não-regulares para times de futebol em competições esportivas. Como a maioria das fronteiras estavam fechadas, a GOL não ofertou voos regulares internacionais.
O volume total de decolagens da companhia foi de 36.216, um acréscimo de 87,3% em comparação ao 3T20. O total de assentos disponibilizados ao mercado foi de 6,3 milhões no terceiro trimestre de 2021, um aumento de 90,4% em relação ao mesmo período de 2020.
Então, a receita operacional líquida trimestral foi de R$ 1,9 bilhão, representando um acréscimo de 96,4% quando comparada ao 3T20. Além do aumento significativo na quantidade de voos realizados, as receitas de transporte de cargas apresentaram incremento de 53,9%, devido ao aumento nos volumes transportados, com destaque para o crescimento dos transportes pelo CHEGOL, serviço de entregas rápido e eficiente.
O EBIT ajustado registrado no trimestre foi de R$ 338,1 milhões. A margem operacional foi de 17,7%. Em uma base por assento-quilômetro disponível, o EBIT ajustado atingiu R$ 4,64.
E O EBITDA ajustado totalizou R$ 464,7 milhões no período. A margem EBITDA foi de 24,3%. O EBITDA ajustado por assento-quilômetro disponível foi R$ 6,38.
Resultado financeiro
O resultado financeiro líquido foi de R$ 1.967,2 milhões, um aumento de R$ 1.040 milhões na comparação com o 3T20, principalmente em decorrência de perdas com variações cambiais e monetárias em R$ 1.010 milhões, aumento de R$ 17,7 milhões nos ganhos com aplicações financeiras, ganhos ESN e capped call de R$ 37 milhões, parcialmente compensados por despesas com juros de empréstimos e financiamentos que aumentaram R$ 101,5 milhões e resultado líquido de derivativos maior em R$ 1,6 milhão em relação ao 3T20.
E dentro desse resultado financeiro é preciso considerar os seguintes pontos:
- Juros sobre empréstimos e financiamentos: aumentaram 25,6%, de R$395,9milhões para R$497,4 milhões, principalmente devido ao aumento na taxa média de juros de 2% para 5,1%, parcialmente compensado por um passivo financeiro médio de aproximadamente R$1,0 bilhão inferior ao do mesmo período do ano anterior, e a uma valorização do câmbio de 8,1% versus 2T21;
- Ganhos com aplicações financeiras: totalizaram R$4,8 milhões, uma redução de R$14,7 milhões frente ao 3T20, principalmente devido ao menor volume aplicado no período;
- Variação cambial e monetária: totalizou um demonstrativo negativo de R$1,485 bilhão, frente à R$1,01 bilhão referente ao 3T20, principalmente pelos efeitos da desvalorização do dólar frente ao real de 8,1% no trimestre;
- Resultado líquido de derivativos: registrou ganho de R$0,7 milhão no 3T21, ante R$2,1 milhões negativos no 3T20; principalmente devido às operações de hedge do preço do combustível de petróleo;
- Resultados do ESN e capped call: totalizaram perdas de R$ 138 milhões, devido a R$43,2 milhões de ganho não realizados da marcação a mercado da parcela conversível, R$48,7 milhões de perdas com juros, R$170,1, milhões de variação cambial negativa e R$37 milhões de ganhos realizados nos capped calls.
- Outras receitas (despesas) financeiras líquidas: totalizaram despesas de R$1.967,2 milhões no 3T21, versus R$927,1 milhões de despesas no 3T20.
No 3T21, a companhia apurou ainda um prejuízo líquido após a participação dos minoritários no período de R$ 2,5 bilhões (R$ 884,6 milhões excluindo as perdas com variação cambial líquida de R$ 1.485 milhões, despesas líquidas não recorrentes de R$ 119,3 milhões, e variação de R$ 37,1 milhões relacionado aos resultados do Exchangeable Notes e capped calls).
Isso compara-se ao prejuízo de R$ 1.719 milhões (excluindo perdas não recorrentes de R$ 373,5 milhões, a variação cambial e monetária de R$ 474,2 milhões e Exchangeable Notes e capped calls de R$ 0,1 milhão) durante o 3T20, uma queda de R$ 872 milhões.
Clique aqui e confira o vídeo pré-gravados com Paulo Kakinoff (Diretor Presidente) e Richard Lark (Diretor Vice-presidente Financeiro), onde eles falam sobre os resultados do trimestre da Gol.
- Para acessar na íntegra os resultados da Gol no 3T21, clique aqui.
Perpectivas para o 4T21
Diante desses dados e dos dos acumulados de 2021 até o momento, a Gol, informou ainda suas perspectivas para o restante do ano, especialmente o 4T21 que compreende os meses de outubro a dezembro.
Segundo a companhia, um ritmo crescente na retomada é esperado para o 4T21, apoiado pelo crescimento da taxa de vacinação no país, a entrada na alta temporada de verão, e o retorno dos voos internacionais. Dessa forma, a capacidade planejada para o 4T21 da GOL apresenta aumento de 29% sobre 4T20.
Para adequar a operação aos patamares atuais de demanda, a GOL terá no final do período 102 aeronaves operando em sua malha, que representará 112% da frota média operada no 4T20 e 36% maior em relação ao 3T21.
"Esperamos receita do programa de fidelidade acima de R$ 600 milhões no 4T21 e que a receita consolidada da Companhia no 4T21 aumente aproximadamente 40% comparada com o mesmo período do ano anterior", diz o relatório.
A GOL espera encerrar o 4T21 com R$ 3,8 bilhões em liquidez e R$ 15,8 bilhões em dívida líquida ajustada. "Estimamos que o programa de fidelidade irá atingir um faturamento bruto superior a R$ 2,5 bilhões em 2022", foi destacado ainda.
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