Após a sua passagem pelos Estados Unidos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo quer zerar o Imposto de Renda das aplicações de investidores estrangeiros em títulos emitidos por empresas no mercado brasileiro.
Em suma, ele disse que a equipe do governo estudava há algum tempo a questão, mas que isso se intensificou com o conflito da Rússia com a Ucrânia. Diante do risco que a guerra traz, da inflação apertar em um ano de eleição devido a alta dos preços internacionais, em especial dos alimentos e combustíveis, atrair dólares ao Brasil é fundamental.
Somente assim o governo acredita que vai conseguir atacar a taxa de câmbio, e mitigar o impacto da aceleração inflacionária estimada. Além disso, o governo estuda outras medidas que facilitem a entrada do capital externo para fortalecer o mercado de capitais, bem como reforçar a segurança jurídica.
O objetivo é apenas um: mostrar que o Brasil é um lugar seguro e atraente para os investidores. Agora, os técnicos da equipe econômica trabalham em cálculos do potencial de atração de recursos pelo Brasil diante do novo cenário mundial.
Estímulos
Sem espaço para o governo elevar mais gastos após a aprovação do Orçamento, o novo pacote de estímulo à economia vista aumentar o crédito. Além disso, espera-se a desoneração de impostos e o mecanismo usado pelo governo, de liberar dinheiro aos trabalhadores, a partir do saque do FGTS, estimado em R$ 30 bilhões.
Apesar do apelo de representantes da indústria da construção, que solicitaram que a medida não fosse adotada, a liberação do FGTS deve ser lançada nesta semana. Além disso, permitirá o saque de R$ 1 mil por trabalhador com recursos no fundo.
O governo também cita a liberação de R$ 100 bilhões para o crédito para as pequenas e médias empresas. O projeto do senador Jorginho Mello para uma nova rodada do Pronampe, entrou na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desta semana.
Ademais, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni também trabalha para poder lançar uma medida para estimular o microcrédito com garantia de parte dos recursos do FGTS.
Apesar da resistência de integrantes da equipe econômica, a medida visa sair do papel com apoio da ala política do governo. Por fim, se o presidente Jair Bolsonaro der o sinal verde, a medida não precisará da assinatura de Guedes.
Com informações Agência Brasil.
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