O Grupo GPS (GGPS3) reportou seu primeiro relatório consolidado em temporada das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Segundo o balanço, o GPS teve um lucro líquido de R$ 400 milhões em 2021, sendo uma alta de 41% em relação a 2020.
No quarto trimestre de 2021 (4T21), o GPS reportou um lucro líquido de R$ 143 milhões, representando um crescimento de 35% quando comparado com o período de outubro a dezembro de 2020.
Confira abaixo o desempenho do lucro líquido do GPS e o resultado após ajustes:
"O ano de 2021 foi marcado pelos desafios decorrentes da pandemia do COVID-19, em especial no 1T21. A partir de meados do 2T21, as operações apresentaram retomada e evoluíram de maneira positiva durante os trimestres seguintes.
Seguimos com um ritmo crescente de conquistas de novos contratos e foco no estreitamento do relacionamento comercial com nossos Clientes, buscando continuamente a geração de novas oportunidades de crescimento orgânico", disse a administração do GPS.
GPS em expansão após o IPO
Desde a oferta pública inicial de ações (IPO) de 2021, o Grupo GPS deu início a uma sequência de aquisições de empresas. Segundo o balanço, foram seis as compras realizadas em 2021, sociedades que geraram juntas uma receita bruta de R$ 1,2 bilhão nos 12 meses anteriores a assinatura dos contratos de compra e venda.
Todas as seis empresas adquiridas (Loghis, Global, Vivante, Allis, Única e Rudder) já foram integradas ao grupo. Para 2022, o programa de investimento da GPS já finalizou em dezembro uma aquisição, da empresa Comau, cujo controle já foi tomado a partir do início de janeiro de 2022.
No último mês de fevereiro, o GPS ainda anunciou a conclusão da aquisição de duas empresas: Force e Ormec, sendo que a última ainda precisa de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Fundado há mais de 60 anos, o Grupo GPS é considerado líder no setor de serviços terceirizados, atuando em facilities, segurança, logística indoor, engenharia de utilidades, serviços industriais, alimentação e serviços de infraestrutura.
Detsaques dos resultados do GPS (GGPS3)
Considerando R$ 310 milhões do resultado acumulado das seis empresas adquiridas, o Grupo GPS gerou uma receita líquida total de R$ 1,925 bilhão no quarto trimestre de 2021, sendo uma alta de 30% frente a 2020.
Em 2021, a receita líquida do Grupo GPS totalizou R$ 6,615 bilhões, representando aumento de 34% frente ao mesmo período de 2020.
Por sua vez, o ebitda ajustado atingiu R$ 197 milhões no 4T21, alta de 6% em relação ao resultado do 4T20. Entretanto, nesse intervalo, a margem caiu 2,2 pontos percentuais para 10,3%. Entre 2020 e 2021, o ebitda ajustado do GPS cresceu 21%, para R$ 695 milhões; enquanto a margem teve queda de 1,1 ponto percentual para 10,5%.
"Cabe destacar que no ano de 2020, em função das medidas governamentais e de ajustes internos decorrentes da primeira onda da pandemia do COVID19, apuramos reduções momentâneas de custos e despesas (salários, despesas operacionais e custo com fornecedores), que impactaram positivamente a rentabilidade do período", explica o Grupo GPS pelo relatório o desempenho do ebitda.
Após desembolsar R$ 593 milhões pelas sete empresas em 2021, o GPS fechou 2021 com uma dívida líquida de R$ 635 milhões, o que ainda representa queda de 40% em relação a 2020.
Com isso, o índice de alavancagem do Grupo GPS, dado pela relação dívida líquida/ebitda, encerrou o 4T21 em 0,9 vez, sendo uma redução anual de 51%. Segundo o relatório, a melhoria do endividamento é "fruto da forte geração operacional de caixa no período e também da integralização da emissão primária no processo de IPO em R$ 536 milhões, líquida de dividendos e dos custos de transação".
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