Na última quinta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua primeira estimativa com relação à safra agrícola de 2022. Em suma, o IBGE prevê a produção de 270,7 milhões de toneladas de grãos, cereais, e leguminosas.
De acordo com o IBGE, se os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) forem confirmados, deve haver um recorde da série histórica, iniciada em 1975. É dito isso, pois deve haver um aumento de 7,8% em relação às expectativas de 2021. Ou seja, 19,5 milhões de toneladas a mais.
Diante dessa estimativa do IBGE, como a safra recorde de grão em 2022 pode afetar a vida dos brasileiros? Descubra a seguir.
Como a safra recorde de grãos pode impactar os brasileiros?
A estimativa do IBGE é que a produção seja puxada pelo milho. Em especial, depois da grande queda na safra do grão em 2021, por conta do atraso do plantio da segunda safra, e da falta de chuvas nos principais estados produtores. Para 2022, a estimativa é de alta de 11,1% para a 1ª safra, com 2,8 milhões de toneladas, e de 26,8% para a 2ª safra, com 16,2 milhões de toneladas.
De acordo com o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, além da expectativa de normalidade climática para 2022, a elevação do dólar estimula os produtores de commodities:
"Outra razão para a perspectiva de recorde diz respeito à questão econômica. Apesar do aumento dos custos de produção, os preços das commodities agrícolas como milho, trigo e soja estão altos, ajudados pela valorização do dólar, fazendo o produtor aumentar o plantio e investir mais nessas lavouras", explica Barradas.
Ademais, o IBGE estima uma elevação de 0,8% na produção de soja, com 1,1 milhão de toneladas a mais; de 2,4% no algodão herbáceo em caroço, com 84,9 mil toneladas; 12,8% no sorgo, com 302,4 mil toneladas; 6,9% no feijão primeira safra, com 80,9 mil toneladas, e aumento de 9,8% no feijão segunda safra, com previsão de 101 mil toneladas.
Por outro lado, a pesquisa estima quedas nas produções do arroz, de 3,9% ou 451,6 mil toneladas; do feijão terceira safra, de 0,9% ou 5,1 mil toneladas, e do trigo, de 10% ou 785,8 mil toneladas.
Safra de 2021
A pesquisa do IBGE mostra que a expectativa de outubro para a safra de 2021 é de 251,2 milhões de toneladas. O valor representa 1,2% ou 3 milhões de toneladas a menos do que a obtida em 2020, quando a produção de grãos, cereais e leguminosas no Brasil, chegou a 254,1 milhões.
Ademais, a área a ser colhida deve ter alta de 4,6% em 2021. E isso, alcança 68,5 milhões de hectares. Somados, o arroz, o milho e a soja, eles representam 92,5% da expectativa da produção do Brasil. Além disso, respondem por 87,6% da área a ser colhida.
Na produção de 2021, o IBGE estima uma alta de 10,3% para a soja, e de 4,5% para o arroz em casca. Por outro lado, existe uma estimativa de queda de 17,5% no algodão herbáceo e de 16% no milho. Em suma, devem ser 2,8% a menos na primeira safra e 20,6% de queda na segunda.
Por fim, a produção de soja deve chegar a 134,1 milhões de toneladas e o milho 86,7 milhões de toneladas, sendo 25,9 milhões de toneladas na primeira safra e 60,9 milhões de toneladas na segunda safra. A estimativa da produção do arroz é de 11,5 milhões de toneladas e a do algodão em caroço em 5,8 milhões de toneladas.
Com informações, Agência Brasil.
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