Nos últimos dias, os investidores brasileiros vêm vivendo momentos de tensão. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (a B3) vive um momento de queda que já vem de algumas semanas mas que se agravou nos últimos 5 dias.
Nesse período já foram 5,33% de queda e, dessa forma, ele voltou a operar abaixo dos 100 mil pontos, o que não acontecia desde novembro de 2020. A causa disso são as preocupações com os efeitos das medidas das políticas monetárias na atividade econômica mundial.
Reflexos no mundo todo
A pontuação mais baixa até o momento foi registrada por volta das 15 horas de sexta-feira, 17 de junho, quando o Ibovespa atingiu 98.746 mil pontos. Ontem, dia 20 de junho, o índice encerrou o dia em 99.866 mil pontos.
Em suma, parte das vendas na bolsa do Brasil vêm refletindo os ajustes e as fortes baixas em Wall Street. Na semana passada o índice S&P 500, um dos índices norte-americanos, anunciou sua entrada no mercado em baixa, inclusive.
O que dizem os especialistas
De acordo com a equipe da XP Investimentos, em relatório aos clientes, "os mercados de ações globais permanecem altamente voláteis devido ao aperto monetário sinalizado pelos principais bancos centrais".
Além disso, o relatório cita que "Com muitos bancos centrais aumentando as taxas tempestivamente, a maioria dos participantes do mercado prevê uma recessão global em algum momento nos próximos 12 meses."
Ademais, nem a melhora das bolsas norte-americanas na sessão de sexta-feira, dia 17, era suficiente para amenizar as vendas na B3. Depois de fechar em baixa de mais de 3% na véspera, o S&P 500 aumentava 0,5% na manhã da última sexta.
Segundo o diretor de investimentos da TAG, Dan Kawa,
"No ambiente atual, sem uma desaceleração da inflação, deveremos conviver com uma desaceleração ao mesmo tempo em que a inflação está elevada e a política monetária não pode ser usada como um ‘seguro’ ou um ‘suporte’ à economia e aos mercados".
Por fim, ele explica que "O mercado está saindo da narrativa ‘pura’ da inflação e precificando uma recessão de maneira mais aguda".
Destaques da Bolsa
- PETROBRAS PN: caiu 5%, por conta da forte baixa do petróleo no exterior, mesmo depois de anunciar a alta dos preços médios de venda da gasolina em mais de 5%, e do diesel em mais de 14%;
- VALE ON: perdeu 4,5%, segundo os preços do minério de ferro estenderam as perdas para uma sexta sessão na bolsa de Dalian na última sexta. E assim, marcou a queda semanal mais acentuada em 4 meses.
- ITAÚ UNIBANCO PN: teve queda de 1,9% e BRADESCO PN tinha baixa de 1,55%. Eles sofreram as baixas pelo viés mais vendedor na bolsa como um todo.
- GOL PN e AZUL PN: diminuíram 6,2% e 5,9%, respectivamente. Isso se deu pela forte alta do dólar ante o real na última sexta.
Por que o Ibovespa ficou abaixo dos 100 mil pontos?
O Ibovespa recuou fortemente, e perdeu o patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde novembro de 2020. Isso se deu por conta das preocupações com os efeitos das medidas de políticas monetária na atividade econômica mundial.
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