Imobiliária Lopes (LPSB3) lucra R$ 36,4 mi em 2021; alta de 320%

A Lopes Brasil, ou LPS Brasil, (LPSB3) teve um lucro líquido de R$ 36,480 milhões em 2021, sendo uma alta de 320% em relação ao resultado de 2020, segundo o relatório divulgado na atual temporada das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

De outro lado, a LPS registrou um prejuízo de R$ 5,363 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), assim revertendo o lucro obtido no mesmo período de 2020, de R$ 1,952 milhão.

Conforme o relatório, a Lopes participou do lançamento de 56 projetos imobiliários no 4T21, somando 172 projetos lançados no decorrer de 2021, o que representa aumento de 48% em relação a 2020, ano impactado pelas restrições da pandemia, e de 11% em relação a 2019, período pré-pandemia.

Os lançamentos da Lopes se concentraram no Estado de São Paulo, que representa 86% do valor total lançado da empresa, que chegou a R$ 9,4 bilhões com alta anual de 108%. Em 2021, o Valor Geral de Vendas (VGV) intermediado totalizou R$ 10,023 bilhões, aumento de 37% em relação ao ano anterior.

Destaques dos resultados da Lopes no 4T21 e em 2021

O VGV Intermediado nas operações próprias da Lopes caiu 9% no 4T21, para R$ 1,315 bilhão, em relação ao 4º trimestre de 2020, enquanto as franquias tiveram aumento de 25%, a R$ 1,487 bilhão no período.

Já nos últimos dois anos, o VGV Intermediado nas operações próprias da Lopes e nas Franquias teve aumentos de 22% e 55%, respectivamente, segundo o balanço - assim como pode ser visto na tabela abaixo.

Por sua vez, a receita líquida da Lopes atingiu R$ 54,554 milhões no 4T21, sendo uma alta de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre 2020 e 2021, a receita saltou 33% para R$ 222,612 milhões.

O Ebitda (ucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 2,123 milhões, sendo uma retração de 89% quando comparado com o 4º trimestre de 2020. Já no resultado anual, o ebitda viu aumento de 2% e fechou 2021 a R$ 60,058 milhões, mesmo assim a margem caiu 8,3 pontos percentuais para 27%.

De outro lado, as despesas operacionais da Lopes cresceram 46% entre 2020 e 2021 para R$ 158 milhões. Ao considerar custo não recorrente relacionado a baixas contábeis de ativos, a despesa total chega a R$ 162,6 milhões.

"O aumento nas despesas operacionais da companhia é explicado majoritariamente pelo aumento no comissionamento na ponta da originação do crédito imobiliário dos canais Lopes, e pode ser observado na linha de Outras Despesas Operacionais [+46%]. Este aumento faz parte de um movimento estratégico em decorrência da crescente competitividade dos demais bancos, sendo totalmente justificável pelo aumento expressivo do saldo médio da carteira da CrediPronto e seus retornos de longo prazo", consta no balanço.

A Lopes fechou 2021 com um endividamento de R$ 22,8 milhões. Do total, um valor de R$ 20,6 milhões são referentes ao pagamento de opções de venda da participação dos não controladores (Written Put) das aquisições realizadas, valor este que está concentrado no curto prazo. Além disso, há uma contabilização de outros passivos de R$ 2,2 milhões, segundo o relatório divulgado (veja na íntegra).