Na verdade, se for na medida certa, imprimir dinheiro não gera inflação, mas caso seja feito sem controle, pode ter perigo para a economia de um país. Nas últimas semanas, a pergunta: "por que imprimir dinheiro gera inflação?" foi muito pesquisada e cresceu mais de 500% nas buscas no Google. Isso aconteceu porque começaram a circular vídeos nas redes sociais onde participantes de um programa de TV falavam sobre o tema.
No geral, imprimir dinheiro em quantias exageradas pode sim, gerar inflação. Isso pelo fato da emissão de notas em muita quantidade fazer com que o volume de dinheiro que circula seja maior que a oferta de produtos e serviços, fazendo então com que os preços subam.
Vamos entender tudo isso melhor abaixo?
O que imprimir dinheiro tem a ver com inflação?
Se analisarmos desde o começo, a inflação nada mais é do que o aumento generalizado dos preços, podendo ser em um curto prazo (aumentar em um mês) ou de longo prazo (quando aumenta continuamente ao longo de um ano ou mais, por exemplo).
Isso não significa que a inflação seja necessariamente ruim. Quando ela está controlada, contribui para que a economia vá bem nos países. O problema acontece quando a inflação fica descontrolada, subindo rápido demais.
Tecnicamente, a inflação está ligada à oferta e demanda, por exemplo: se muitas pessoas começam a querer um determinado item em grande quantidade do que o volume disponível, o preço irá subir. Com esse desequilíbrio entre a oferta e a demanda, podem ocorrer muitos fatores, como o aumento de procura repentina de certo produto (como aconteceram com as máscaras e álcool em gel no começo da pandemia).
Com a emissão de papel-moeda ou a impressão do dinheiro pode acontecer algo parecido. Caso sejam impressas notas infinitas (sem haver um controle), a quantidade de dinheiro será bem maior que a oferta de produtos e serviços. Portanto, o dinheiro começa a não valer nada.
Isso ocorre pelo fato das notas possuírem um lastro, pois são pedaços de papel que representam algo que tem vínculo com a economia do país.
Por isso que, quando o país enfrenta uma hiperinflação, necessita-se de muito mais "notas" para comprar um mesmo produto. Esse cenário já aconteceu no Brasil entre os anos de 1989 e 1990, onde os preços dobraram a cada mês. Na Alemanha em 1923, após o término da Primeira Guerra Mundial, começaram a ser impressas moedas descontroladamente, o que levou os preços dos produtos a dobrarem de valor a cada 3 dias.
Imprimir dinheiro é sempre ruim?
Claro que não. Na realidade, é comum imprimir dinheiro, desde que seja de maneira controlada e conforme a economia do país necessite.
Aqui no Brasil, o Banco Central é quem se responsabiliza por garantir a quantidade necessária de papel-moeda para a população. E isso acontece imprimindo mais dinheiro, já que todos os anos são destruídas muitas cédulas velhas ou que estão danificadas pelo tempo de circulação ou outras circunstâncias.
No ano de 2019, por exemplo, foram 1,45 bilhão de cédulas destruídas. Porém, colocaram 1,54 bilhão de novas notas em circulação.
Portanto, quando a economia está saudável, os Bancos Centrais dos países ajudam no controle de entrada e saída. Outra responsabilidade dos BCs é garantir que tudo isso não saia do controle.
Imprimir dinheiro gera inflação?
Imprimir dinheiro em quantias exageradas pode fazer com que o volume de dinheiro que circula seja maior que a oferta de produtos e serviços, fazendo então com que os preços subam.
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