A Vale (VALE3) divulgou um comunicado na tarde dessa sexta-feira, 22 de outubro, informando que as atividades da mina do Salobo, no Pará, estão sendo retomadas após paralisação causada por um incêndio no último dia 5 ed outubro.
De acordo com a mineradora, as causas do incêndio ainda estão sendo investigadas e estima-se que o impacto na produção seja de cerca de 8 kt, já considerado na estimativa de produção para o quarto trimestre. A paralisação durou 18 dias.
Relembre o caso
A mina do Salobo está localizada no município de Marabá, no Pará e o incidente aconteceu no dia 5 de outubro. Segundo uma nota divulgada na noite daquele dia, o incendio atingiu parcialmente a correia transportadora, porém, o fogo foi rapidamente controlado pelas equipes de emergência e o inicidente não registrou vítimas ou chegou a causar danos ambientais.
Atividades devem ser retomadas até o final do mês
A mina de Salobo produz concentrado de cobre e ainda segundo a Vale, a expectativa era de que até o final do mês de outubro a produção fosse retomada. Entretanto, as demais atividades, incluindo operações de mina e manutenção prosseguiram normalmente. Em 2020, Salobo produziu 172,7 kt de concentrado de cobre.
Outro incidente recente
Esse incêndio nessa mina da Vale se deu cerca de uma semana após um acidente ocorrido na mina de Totten, também pertencente à Vale, localizada em Sudbury, em Ontario, no Canadá, quando 39 trabalhadores ficaram presos.
Na ocasião uma pá escavadeira que estava sendo transportada no acesso à mina subterrânea se desprendeu, bloqueando o shaft e, com isso, o meio de transporte dos empregados ficou indisponibilizado. Isso aconteceu no domingo, dia 26 de setembro e o resgate aos mineradores aconteceu aos poucos. Os últimos foram retirados da mina na quarta-feira, dia 29.
Em nenhum desses casos chegou a haver vítimas fatais, porém, acidentes envolvendo estruturas da Vale costumam gerar um certo desconforto pois ainda está bastante viva na memória dos brasileiros as catástrofes ocorridas em Mariana (em 2015) e em Brumadinho (em 2019), quando barragens romperam.
No caso de Mariana foram 19 mortes registradas além de estragos ambientais registrados. E o rompimento da barragem em Brumadinho foi o maior acidente de trabalho no Brasil em perda de vidas humanas (foram 270 mortes, incluindo 9 desaparecidos) e o segundo maior desastre industrial do século, além de ter sido um dos maiores desastres ambientais da mineração do país.
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