No mês de setembro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), recuou. Ao total, o IAEmp caiu 3,1 pontos no mês passado. Dessa forma, ele foi a 87 pontos, o menor nível desde maio de 2021 (83,4). Em médias móveis trimestrais, o indicador reduziu após 4 meses em alta, agora em 0,2 ponto, para 88,8 pontos.
De acordo com o economista do Ibre/FGV, Rodolpho Tobler, após 5 altas consecutivas, o IAEmp voltou a cair em setembro.
"O resultado negativo ainda não sugere uma reversão da tendência de recuperação, mas liga o sinal de alerta sobre o ritmo da retomada nos próximos meses. A expectativa ainda é favorável, em especial puxada pelo setor de serviços que ainda tem espaço para recuperar o que foi perdido na pandemia, mas as turbulências do ambiente macroeconômico pesam contra a continuidade da recuperação no médio e longo prazo", cita Tobler.
Dos 7 componentes do IAEmp, 6 auxiliaram na queda do mês. Merece destaque, o indicador que mede o emprego previsto para os próximos meses dos consumidores. A queda de 12,7 pontos na margem contribuiu com 1,5 ponto para a diminuição do indicador.
Desemprego tem queda de 1,5 ponto percentual em 1 ano
Na última terça-feira (05), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou uma nova nota de conjuntura informando que a taxa de desocupação sofreu queda de 1,5 ponto percentual em um ano. E assim, saiu de 14,5% em julho de 2020, para 13% em julho de 2021.
Dessa forma, a análise mostra um avanço no ritmo de recuperação do mercado de trabalho. A população desocupada abrange as pessoas que não estão trabalhando, mas que tomaram uma providência para conseguir emprego. Esse grupo chegou a 90,2 milhões em julho. De acordo com o Ipea, o patamar está próximo do encontrado em março de 2020.
De acordo com a análise, entre julho de 2020, e julho de 2021, ocorreu um aumento de 12% na taxa de ocupação. A variação representa uma queda de 1,5 ponto percentual no contingente de desocupados, pois houve um aumento da taxa de participação na força de trabalho de 54,01% para 58,3%. A população que participa da força de trabalho engloba os ocupados e os desocupados.
Em suma, significa que ocorreu uma redução de pessoas que estavam sem trabalhar, e por diferentes motivos, não tomavam providência para conseguir emprego. Diante da retomada gradual da economia após os efeitos mais agudos da pandemia, muitos indivíduos, antes considerados fora da força de trabalho, voltaram a buscar ocupação.
Com informações Agência Brasil.
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