Os efeitos do prolongamento da crise econômica em que o Brasil vive, parecem não ter fim. Prova disso, é o resultado do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV. Na última sexta-feira, 24 de setembro, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o ICC teve uma queda de 6,5 pontos neste mês.
Diante disso, o indicador chegou a 75,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. E assim, esse é o menor patamar desde abril de 2021, quando o ICC chegou a 72,1 pontos. Veja alguns detalhes e entenda o índice abaixo.
O que fez a confiança do consumidor recuar?
Em suma, a confiança do consumidor brasileiro caiu ao menor patamar em 5 meses neste mês de setembro. Isso ocorreu por conta dos temores da inflação, bem como por conta do risco de crise energética, e alta nas incertezas econômicas e políticas.
Em nota, a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt diz que a interrupção da confiança do consumidor, que iniciou em abril, se deve pelo medo da segunda onda de Covid-19. De acordo Bittencourt:
"A queda foi determinada pela combinação de fatores que já vinham afetando a confiança em meses anteriores, como a inflação e desemprego elevados, e de novos fatores, como o risco de crise energética e o aumento da incerteza econômica e política".
Ademais, Bittencourt cita que o pessimismo está muito presente em todas as faixas de renda. Entretanto, ela se destaca entre as famílias de menor poder aquisitivo.
ISA e IE também reduziram
No mês de setembro, o Índice de Situação Atual (ISA) reduziu 1,0 ponto, a 68,8 pontos, mínima desde maio passado (68,7). Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) teve uma queda mais significativa: de 9,8 pontos, a 81,1, o menor nível desde abril de 2021 (79,2).
De acordo com a FGV, o componente das estimativas que influenciou na queda do índice de confiança foi o que mede as perspectivas em relação à situação da economia. O indicador caiu 14,3 pontos, a 97,5 pontos. Esse é o menor resultado desde março de 2021 (92,1).
Por fim, Bittencourt completa que:
"A fragilidade da confiança dos consumidores tem sido marcada pela grande distância em relação à confiança empresarial e pela alta sensibilidade a qualquer novo fator, tornando muito difícil a antecipação de alguma tendência para os meses seguintes".
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