Circula nas redes sociais uma imagem de um suposto investidor pessoa física que perdeu mais de R$ 500 mil em ações de Via Varejo (VIIA3), agora Grupo Casas Bahia. A empresa vem enfrentando uma grave crise e fez recentemente um follow-on para levantar recursos para manter a atividade.
A publicação faz referência a alguém que "vendeu a casa para investir no papel", cerca de R$ 600 mil e hoje possui cerca de R$ 77 mil ainda, um prejuízo de mais de R$ 520 mil. A identidade do sujeito não foi divulgada.
Veja o post que circula nas redes sociais e que pode gerar questionamentos em quem pensa em vender algum bem para investir em ações da bolsa:
Ganância 😰 pic.twitter.com/ICvzhpEULK
— Mário | Neto Invest (@NetoInvest) September 18, 2023
Todas essas oscilações acontecem em meio a uma série de eventos adversos na empresa. Na semana passada, a Via, agora Grupo Casas Bahia, definiu um preço para essas novas ações ordinárias em R$ 0,80, um desconto de 28% em relação ao preço de mercado. Isso fez o mercado "bater" no papel e nos últimos cinco pregões, as ações acumularam uma queda de mais de 37%.
Só em 2023 as ações da empresa já apresentam queda de 68%.
Ações alugadas explodem
O número de ações alugadas do Grupo (VIIA3), está aumentando rapidamente, assim como o valor pago pelos investidores pelo aluguel. A Economatica diz que mais de 26% das ações estão alugadas atualmente.
Hoje, as ações da varejista estão enfrentando uma queda de 3,95% no pregão, sendo vendidas a R$ 0,73. O valor mais baixo do dia foi de R$ 0,68.
De acordo com a Economatica, a taxa média de aluguel ultrapassa 279,5% do valor da ação. Isso significa que um investidor pagaria quase três vezes o valor da ação para realizar uma operação desse tipo durante um ano.
A empresa anunciou dias atrás uma reestruturação que inclui o fechamento de até 100 unidades, a descontinuação de algumas categorias e a captação de recursos por meio de um FDIC para o seu crediário.
O grupo corre risco de entrar com um pedido de recuperação judicial em breve, uma vez que a situação financeira da empresa não está confortável. Recentemente, a S&P rebaixou a nota de crédito da empresa, aumentando o risco de não cumprir com suas obrigações financeiras e ter que antecipar o pagamento de suas dívidas, o que poderia levar à insolvência.
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